Mindelo, 29 Fev (Inforpress) – O Plano Estratégico da Investigação Marinha 2023-2030 tem como missão central promover o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, que inclui a transferência de conhecimento e inovação e prestação de serviços no domínio do mar e seus recursos.
Quem o afirmou foi o consultor do plano, Edério Almada, hoje, em São Vicente, no ateliê de socialização do documento, que objectiva ainda definir as linhas estratégicas de investigação, com base nas necessidades e desafios nacionais, e produzir a “informação científica fidedigna”.
Segundo a mesma fonte, trata-se de um documento que se enquadra no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável II (PEDSII), na Agenda 2030 e que se alinha ainda com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Conforme Edério Almada, o Plano Estratégico da Investigação Marinha 2023-2030 pretende ser “uma referência” nacional, regional e internacional na produção do conhecimento científico aplicado ao desenvolvimento sustentável e à inovação na exploração dos recursos haliêuticos, na produção de bens e serviços da biodiversidade marinha e na oceanografia.
“O plano tem como pilares as funções e os serviços dos ecossistemas marinhos, a competitividade, inovação e desenvolvimento tecnológico e as estatísticas das pescas”, referiu o consultor que, no plano dos objectivos estratégicos, mencionou ainda a conservação do uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos, e o aumento do conhecimento científico, o desenvolvimento das capacidades de pesquisa e a transferência de tecnologia marinha.
Durante a apresentação do plano interveio ainda o presidente do Conselho Directivo do Instituto do Mar (IMar), Albertino Martins, que, por seu lado, salientou o objectivo de conservar e fazer uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento, não só do sector marinho e pesqueiro, mas de todo o sector.
Com isso, continuou, fazer aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de pesquisa e fazer as transferências da tecnologia, porque, sintetizou, o Plano Estratégico da Investigação Marinha 2023-2030 baseia-se numa “abordagem ecossistémica das pescas”, como ainda na promoção do estudo da ecologia marinha, e objectiva contribuir para o ordenamento do espaço marítimo.
“Por isso é que estamos a desenvolver também ferramentas, um mapeamento dessas zonas potenciais para a aquacultura, no sentido de ter também uma parte da zona costeira destinada para a aquacultura, porque, na verdade, a pesca extractiva está a entrar em declínio e uma alternativa à pesca extractiva passa definitivamente pela aquacultura”, concretizou Albertino Martins.
A mesma fonte classificou o plano de “ferramenta de extrema importância” para a Economia Azul, mas que, até ser implementado, reforçou, “vai exigir financiamento avultado”.
“Afinal, a investigação marinha não é coisa barata”, considerou.
AA/ZS
Inforpress/Fim
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