Polícia Judiciária assinala 32 anos com apelo ao reforço de meios para enfrentar crime organizado (c/áudio)

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Polícia Judiciária assinala 32 anos com apelo ao reforço de meios para enfrentar crime organizado (c/áudio)
12/05/25 - 01:33 pm

Cidade da Praia, 12 Mai (Inforpress) – O director nacional da Polícia Judiciária apelou hoje, na Praia, a mais investimentos em recursos humanos, infra-estruturas e tecnologia, visando fortalecer a capacidade da instituição no combate ao crime organizado e à criminalidade transnacional.

Manuel António da Lomba falava durante o acto central alusivo ao 32.º aniversário da criação da Polícia Judiciária, sublinhando que os desafios actuais exigem uma resposta institucional à altura, com meios adequados e actualizados para enfrentar a complexidade crescente da criminalidade moderna.

“Reforçar os recursos humanos, investir em infra-estruturas e dotar a PJ de equipamentos tecnológicos mais sofisticados são condições indispensáveis para garantir uma resposta eficaz aos crimes organizados e transnacionais que ameaçam a estabilidade do país e da sub-região”, afirmou.

No mesmo evento, a ministra da Justiça, Joana Rosa, destacou a PJ como uma “das grandes conquistas do Estado de Direito e do regime democrático” de Cabo Verde, ao serviço da promoção e protecção dos direitos fundamentais dos cidadãos.

Para a governante, uma investigação criminal eficaz é determinante para assegurar a confiança dos cidadãos nas instituições, confiança essa que, conforme sublinhou, sustenta o exercício da cidadania e a coesão social, pilares essenciais do desenvolvimento e da democracia.

“A Polícia Judiciária desempenha um papel fundamental e insubstituível no sector judicial, enquanto órgão auxiliar da Administração da Justiça, (…) o Governo tem como objectivo promover uma justiça preventiva e eficaz e, nesse âmbito, tem vindo a investir no reforço técnico, organizativo e humano da PJ”, salientou.

Entre os desafios actuais, Joana Rosa apontou o combate à criminalidade económica, ao cibercrime, ao tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, assim como à corrupção e à lavagem de capitais.

A ministra reafirmou o compromisso do Governo em continuar a trabalhar em cooperação com os parceiros nacionais e internacionais, salientando que “a sofisticação e o carácter difuso da criminalidade exigem novas abordagens, modernização e capacitação constantes”.

Acrescentou ainda que prevenir a criminalidade passa, sobretudo, por “conhecer os fenómenos, os seus agentes e modus operandi”, mas também por “conhecer bem a própria Polícia Judiciária”, promovendo diagnósticos permanentes e estratégias ajustadas à realidade nacional e internacional.

Durante a cerimónia, foram igualmente reconhecidos os esforços dos profissionais da PJ, com destaque para os resultados alcançados nos últimos anos, nomeadamente o aumento de processos concluídos e remetidos ao Ministério Público e apreensões de grande escala.

A Polícia Judiciária de Cabo Verde foi oficialmente instalada em 1993, e é a entidade responsável pela investigação criminal, com competências nas áreas de tráfico de drogas, lavagem de capitais, crimes de sangue, corrupção, terrorismo, entre outros crimes de natureza grave.

KA/SR//CP

Inforpress/Fim

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