São Paulo, 03 Mai (Inforpress) – Pelo menos 31 pessoas morreram e 74 estão desaparecidas no estado brasileiro de Rio Grande do Sul devido às fortes chuvas que caem desde o início da semana, informou hoje a Defesa Civil local.
O anterior balanço apontava para 29 mortos e 60 desaparecidos.
No último boletim divulgado pelas autoridades locais indica-se que cerca de 14,8 mil pessoas estão fora das suas casas, há 7.165 pessoas alojadas em abrigos e 17.087 desalojados.
Ao todo, 235 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul registaram algum tipo de problema, que afetou pelo menos 351.639 pessoas.
O governo regional do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou na noite de quarta-feira estado de calamidade pública por um período de 180 dias.
As principais regiões atingidas no estado são municípios localizados no centro: Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, na região da serra gaúcha e a zona metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
As autoridades locais também alertaram para um "risco hidrológico extremo" nas próximas horas em grande parte do estado e aconselhou a população a evitar as proximidades dos rios, cujo fluxo continua a aumentar devido às chuvas, e a procurarem abrigo em local seguro.
As tempestades no sul do Brasil têm destruído estradas, pontes, provocado desabamentos e alagamentos desde a última terça-feira. A previsão é de que os temporais vão continuar até sábado.
O estado mais ao sul do Brasil tem sido bastante afetado pelas mudanças climáticas. Depois de sofrer problemas com uma forte seca em razão do fenómeno La Niña, no ano passado a região passou a ser afetada pelo El Niño e registou em menos de 12 meses quatro desastres climáticos causados por ciclones extratropicais e tempestades. Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, causando 75 mortos.
O Rio Grande do Sul, com uma população de 11 milhões de pessoas, tem sido atingido repetidamente no último ano pelo fenómeno climático El Niño, que provoca fortes chuvas no sul do país.
Em setembro, eventos climáticos extremos causaram 54 mortes na região.
Inforpress/Lusa
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