Peixeiras de Achada Grande Trás e São Tomé almejam espaço próprio para realizar actividades

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Peixeiras de Achada Grande Trás e São Tomé almejam espaço próprio para realizar actividades
17/05/25 - 03:28 pm

Cidade da Praia, 17 Mai (Inforpress) - As peixeiras de Achada Grande Trás e São Tomé, na cidade da Praia, gostariam de ter um espaço próprio, uma Casa da Peixeira, para realizarem as suas actividades com “conforto, tranquilidade e dignidade”.

Este desejo foi manifestado hoje por Nha Quinta, uma das peixeiras mais antigas, em representação da classe, no momento em que se assinala o primeiro ano da criação do Dia Nacional das Peixeiras.

Desde o ano passado, 17 de Maio passou a ser celebrado em Cabo Verde como o Dia Nacional das Peixeiras, uma decisão tomada pelo Conselho de Ministros no dia 27 de Março, que escolheu a data sob proposta da Associação das Peixeiras de São Vicente, também por se tratar do dia da criação desta que é a primeira associação dessas “profissionais típicas” do retrato socioeconómico de Cabo Verde.

A resolução que institui a efeméride é um reconhecimento do executivo pelo “importante papel” que essas mulheres exercem na transformação e comercialização dos produtos da pesca e pelo seu impacto na segurança alimentar do país.

Nestas lides há 40 anos, Nha Quinta estava à frente na preparação do almoço de confraternização promovido pela Associação de Pescadores e Peixeiras de Achada Grande Trás e São Tomé (APPAST) para marcar a efeméride.

À Inforpress disse que é “com orgulho” que exerce esta profissão de “muitas lutas e batalhas”.

Orientando as grandes panelas sobre três pedras ao fogo da lenha, no largo de uma das ruas, na denominada zona de Marrocos, umas com xarém, outras com feijão, cozido e caldo de peixe, peixe grelhado e outras iguarias, Nha Quintina disse que hoje é um “dia importante” para as peixeiras de Cabo Verde.

“Estou muito feliz por hoje termos uma data para celebrar. Enfrentamos muitos desafios, somos também confrontadas com muitos problemas, mas nesse dia um pedido que faço em nome das minhas colegas, é que nos providenciem um espaço, uma casa de peixeira, como têm os pescadores, para realizarmos as nossas actividades com mais dignidade”, apelou.

Nha Quinta que também é batucadeira, conta que para além do almoço convívio, aberto a todas as pessoas que por ali passarem, vai haver na zona momentos culturais, onde as batucadeiras da localidade vão fazer o lançamento de um novo trabalho.

Concluiu desejando a todas as peixeiras um feliz dia, e que a sorte, independentemente das vicissitudes da vida, esteja sempre ao lado das que vivem desta profissão.

SC/AA

Inforpress/Fim

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