PCFR: Sindep denuncia injustiças na lista definitiva e exige correcções antes do arranque do ano lectivo

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PCFR: Sindep denuncia injustiças na lista definitiva e exige correcções antes do arranque do ano lectivo
03/09/25 - 03:05 pm

Cidade da Praia, 03 Set (Inforpress) – O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jorge Cardoso, afirmou hoje, na Praia, que a classe docente inicia o ano lectivo 2025/2026 “cheia de frustrações” devido às “injustiças” verificadas na lista definitiva de transição para o PCFR.

O líder do Sindep, que falava em conferência de imprensa, acusou o Ministério da Educação de manter “injustiças e desconsideração para com a classe docente”, apontando que a lista definitiva do Plano de Carreira, Funções e Remunerações (PCFR) publicada “continua com o cabeçalho de lista provisória” e apresenta “erros graves” que precisam ser corrigidos.

“O Governo, através do Ministério da Educação, conseguiu, definitivamente, dividir a classe docente, tratando uns como filhos de dentro e outros como filhos de fora, visto que nem todos tiveram a mesma sorte e a mesma valorização”, denunciou.

Entre as críticas, apontou que a aplicação das promoções previstas no Estatuto da Carreira Docente de 2015 não foi respeitada e que o reajuste salarial de 16% “foi uma falácia porque quase a maioria dos professores não recebeu este aumento”.

Jorge Cardoso alertou ainda para a situação de professores que tiveram progressões publicadas tardiamente e foram ultrapassados por colegas com menos tempo de serviço.

Criticou ainda a situação dos professores que não possuem licenciatura, sublinhando que estes profissionais, apesar de anos de serviço, foram “completamente desconsiderados” pelo Ministério da Educação.

O Sindep exige do Governo o pagamento dos retroativos desde Janeiro até à data e a actualização dos salários de Setembro sob pena da classe não iniciar o ano lectivo com tranquilidade.

“Nós queremos serenidade e esperamos que se faça justiça, faça as correcções para que no dia em que as actividades lectivas se iniciam, seus salários também sejam contemplados como deve ser em pé de igualdade", apelou. 

"O Sindep sempre esteve ao lado dos professores. Querem travar uma luta? Vamos travar a luta porque o Ministério da Educação, o Governo, não pode continuar a gozar com a classe docente”, sublinhou.

Jorge Cardoso concluiu, sublinhando que não se pode governar a base de propagandas e promessas, pedindo maior respeito pela classe docente, e a reposição do estatuto do pessoal docente.

DV/SR//ZS

Inforpress/Fim

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