
Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – O primeiro-ministro disse hoje, no parlamento, que definiu como meta aumentar a produção de electricidade a partir de energias renováveis com preços acessíveis superior a 30% em 2026, mais de 50% em 2030 e 80% em 2040.
“Este é um grande compromisso do país com a sustentabilidade energética, com impactos económicos, sociais e climáticos. No próximo ano, atingiremos mais de 35% de penetração de energia renovável”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
O chefe do Governo intervinha no debate mensal da segunda sessão ordinária do mês de Outubro, na Assembleia Nacional, sobre a “Sustentabilidade energética perspetivas e desafios para a reconstrução de um Cabo Verde para todos”, tema proposto pelo grupo parlamentar do PAICV.
Acrescentou ainda que definiu como objectivo atingir 100% no acesso domiciliário de electricidade até 2026, e recordou que em 2015 a taxa de acesso à electricidade era de 86% e em 2024, essa taxa situou-se em 98%.
“Estamos próximos dos 100%. É para todos terem acesso à electricidade que investimos 400 mil contos na electrificação rural, levando luz a localidades que nunca antes tinham visto energia elétrica”, assegurou.
O primeiro-ministro declarou que o Governo tem feito vários investimentos e que tem em execução 300 mil contos em extensão de redes, micro-redes e kits solares para beneficiar famílias que vivem em lugares e localidades isolados e dispersos.
O mesmo afirmou que foi criada a tarifa social de electricidade, que beneficia mais de 17 mil famílias, com desconto de 50% sobre o valor da faturação eléctrica, reduziram ainda o IVA de 15% para 8%, beneficiando mais de 148 mil consumidores.
Eliminaram os custos de iluminação pública para os consumidores e que há um programa 100% Led da iluminação pública, não só para substituir as lâmpadas convencionais, para aumentar o nível de cobertura da iluminação pública em todo o país, reforçou o governante.
Correia e Silva lembrou que desde de 2016 o país tem sido exposto a “graves crises derivadas” de choques externos, naturais, económicos e sanitários, e que durante esse percurso também houve momentos críticos nos serviços de transportes interilhas e de electricidade.
“Em todas essas situações, soubemos reagir, gerir e implementar soluções. Perante graves crises protegemos pessoas, recuperamos e relançamos a economia”, lembrou, reconhecendo que o Governo está ciente dos “elevados prejuízos e incómodos provocados” pelos cortes de energia que tem afectado, os cidadãos, as famílias, as empresas e as organizações.
Segundo o primeiro-ministro, há medidas em curso para estabilizar e normalizar o fornecimento do serviço de electricidade na ilha de Santiago, com os trabalhos de recuperação dos grupos de geradores.
Afirmou ainda que estão em curso acções de investigação das avarias na Central de Palmarejo, incluindo investigação técnica, criminal e cibernética face à “situação anormal” de ocorrências e de tipologia dessas avarias.
DG/AA
Inforpress/Fim
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