Cidade da Praia, 26 Jun (Inforpress) – O deputado do MpD Aniceto Barbosa refutou hoje as críticas da oposição reafirmando que o sector privado cabo-verdiano está” mais forte do que nunca” e continuará a ser “um pilar essencial” do desenvolvimento económico de Cabo Verde.
O deputado do Movimento para a Democracia (MpD, poder) fez estas afirmações durante a abertura do debate proposto pela UCID sobre a política interna e externa, no segundo dia da sessão plenária deste mês.
Para o MpD, salientou, o sector privado deixou de ser apenas um conceito político para se tornar o verdadeiro motor da criação de emprego, oportunidades e de esperança, referindo que esta visão tem sido concretizada em reformas sólidas e políticas públicas eficazes, que beneficiam directamente a vida das pessoas.
“Desde sempre, o MpD defendeu uma economia aberta, dinâmica e competitiva. Acreditamos que a liberdade económica, o investimento privado e a integração internacional são motores do progresso e da dignidade. Cabo Verde é hoje reconhecido como um país estável, seguro e com um ambiente favorável ao investimento”, declarou.
Segundo Aniceto Barbosa, o crescimento económico que o país está a viver não é fruto do acaso, lembrando que em 2024, a taxa de desemprego foi reduzida para 8,0 %, uma descida significativa face aos 10,3 % de 2023.
Destacou as acções do Governo na criação de condições reais para mais investimentos em Cabo Verde com a desburocratização e digitalização dos serviços, criação de zonas económicas especiais, apoios ao investimento estrangeiro nos sectores do turismo, energias renováveis e economia digital e reformas fiscais para reforçar a competitividade e atractividade.
Além disso, mencionou, a nível internacional, Cabo Verde está mais presente e aberto e que através de parcerias com a CEDEAO, União Europeia, Estados Unidos, China e países irmãos da lusofonia, abriu portas aos empresários e produtos.
“Destaco também os avanços no financiamento à economia. A ProCapital registou uma carteira de 191 milhões de escudos, aplicados em 13 projectos em cinco ilhas com redução nos custos operacionais. Isso significa mais eficiência e mais resultados para quem quer produzir e crescer no nosso país”, realçou.
O deputado apontou que o sector terciário continua a ser o grande empregador absorvendo 70% da força nacional de trabalho, reconhecendo, no entanto, que os sectores secundário e primário, precisam de atenção e políticas diferenciadas para se desenvolverem.
“A taxa de inserção dos diplomados do ensino técnico e da formação profissional atingiu os 72,9 %. Quase 4.000 cabo-verdianos participaram em acções de formação contínua”, disse, referindo que o Governo tem apostado nessa via, promovendo a qualificação e o talento nacional.
Ao abordar o papel da oposição, frisou que a mesma tem todo o direito de fiscalizar, mas que o povo também espera verdade, responsabilidade e alternativas e que o que está a funcionar deve ser reconhecido.
“Com mais de 18 mil empresas formalizadas, maior acesso ao microcrédito e uma juventude empreendedora em crescimento, temos motivos para acreditar no nosso futuro. E é nossa responsabilidade continuar a apoiá-lo, promovendo um ambiente favorável para que mais cabo-verdianos possam criar, inovar e crescer”, afirmou.
Reconheceu, porém, que ainda há desafios importantes pela frente como o de garantir mais acesso ao crédito para as pequenas empresas, optimizar a carga fiscal sem comprometer as finanças públicas e combater a informalidade.
“Cabo Verde precisa de estabilidade, de inovação, de confiança e de continuidade no investimento. O MpD manterá o seu compromisso com um setor privado moderno, inclusivo e virado para o futuro”, concluiu.
CM/AA
Inforpress/Fim
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