Ordem dos Médicos considera questão do dever e direito uma das lacunas do Sistema Nacional de Saúde

Cidade da Praia, 08 Abr (Inforpress) - O bastonário da Ordem do Médicos, Danielson Veiga, disse hoje, na cidade da Praia, que a questão do dever e do direito em defesa dos interesses dos doentes constitui uma das lacunas do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

A constatação foi feita em declarações à Inforpress, momentos antes da abertura da mesa redonda no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde, sob o lema “Minha saúde, meu direito!”, promovida pela Ordem dos Médicos de Cabo Verde (OMC).

"Se trata de um problema mundial, não só em Cabo Verde, mas pelo nosso desenvolvimento e da cidadania, penso que estamos num patamar elevado em relação a alguns países", ressalvou.

Por isso, avançou que para a promoção do direito à saúde, a Ordem dos Médicos vai assinar, no final da mesa redonda, protocolos de cooperação com a Provedoria de Justiça e a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC).

De acordo com Danielson Veiga, esse encontro, para além da participação de diversos especialistas e representantes da sociedade civil, tem também como objectivo ouvir as preocupações dos doentes no que tange aos seus direitos e deveres.

"A medida que a democracia evolui há também novas preocupações que aparecem no horizonte e uma delas tem a ver com o direito à saúde", advertiu Danielson Veiga, considerando que, apesar das lacunas que ainda persistem, Cabo Verde está mais avançado neste quesito em relação aos países da sub-região.

Entretanto, o bastonário avançou que no país existe um sistema de público e privado, sendo que este último não tem ainda um "corpo" relevante dentro do SNS.

"Há uma proposta de lei sobre a parceria entre o público e o privado, para melhorar essa relação, que também poderá ser uma vantagem para os doentes", apontou.

Na mesa redonda participaram os psiquiatras Manuel Faustino e João Miguel Vaz e as psicólogas Dirce Varela e Belmira Miranda.

Contou ainda com a presença da delegada de Saúde de Santa Carolina, Ludmilde de Pinta, sob a moderação de Ullardina Furtado, delegada de Saúde da Praia.

OM/CP

Inforpress/Fim