Orçamento do Estado para 2025 vai contemplar salário mínimo de 17 mil escudos

Cidade da Praia, 30 Ago (Inforpress)-O Governo e os parceiros sociais chegaram hoje a um entendimento por unanimidade quanto ao aumento do salário mínimo nacional, de 15 para 17 mil escudos tanto no sector público como no privado.

O acordo foi alcançado no final desta tarde, durante a reunião do Conselho de Concertação Social que reuniu Governo, o patronato e as centrais sindicais para a apresentação e discussão das diretrizes do Orçamento do Estado para o ano económico de 2025.

Para o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, que se congratulou com este entendimento, é um ganho “muito importante” para os trabalhadores cabo-verdianos, quer na administração pública quer no sector privado.

Segundo o sindicalista, esta proposta do aumento do salário mínimo nacional ultrapassa os 10%.

“E um passo que já demos, mas a nossa reivindicação é muito mais, nós estamos a lutar pelo salário mínimo, pelo menos para chegarmos aos 25 mil escudos e vamos continuar a trabalhar e a lutar para conseguir chegarmos onde quisermos”, referiu.

Na mesma linha de intervenção, a secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, manifestou a sua satisfação com esta proposta.

“É claro que nos satisfaz (…). porque se analisarmos de onde começamos e onde estamos hoje, satisfaz, porque viemos de 11, 14, 15 e agora 17 mil escudos”, disse.

Joaquina Almeida assegurou que a UNTC-CS vai continuar a lutar para que o salário mínimo continue a aumentar nos próximos anos, tendo em conta que os bens de primeira necessidade não param de aumentar.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Comércio do Sotavento, Marcos Rodrigues, que manifestou a sua satisfação, adiantou que a proposta para o aumento do salário mínimo foi apresentada pelo patronato por entender que os trabalhadores cabo-verdianos necessitam de melhor a qualidade de vida 

"E nesta senda e sequência que há um pacote, enfim, de incentivos que o Governo também coloca em cima da mesa do ponto de vista da formação profissional, da qualificação das empresas, da reestruturação das empresas, digitalização de todo o tecido empresarial nacional e é nessa perspectiva que nós todos temos que abraçar e levar este país ao ponto certo que é aquilo que nós almejamos, que é o desenvolvimento", referiu.

Na ocasião manifestou-se também satisfeito por entender que Cabo Verde está mais perto de atingir a independência económica sendo que o Orçamento de Estado de 2025 é suportado em 90% com o dinheiro do Tesouro Barra e Impostos, ou seja, da contribuição dos cabo-verdianos e dos investidores externos e internos.

Da parte do Governo, o vice-primeiro-ministro, e ministro das Finanças, Olavo Correia, disse esperar que com este aumento haja mais produtividade e melhoria substancial do nível de serviço

“Se nós melhorarmos os salários e as remunerações e não tivermos como contrapartida a produtividade e nível de serviço, seria um mau investimento”, considerou o governante.

AV/JMV

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