Nova Sintra, 06 Ago (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, foi eleito hoje, na Brava, para o cargo de presidente do Conselho Directivo da Associação de Municípios da região Fogo e Brava.
Nuías silva, que falava à imprensa, avançou que o grupo está a reunir todas as condições objectivas para uma nova largada da Associação Intermunicipal que quer “pujante”, que reúna com a frequência estatutária e que seja capaz de trazer uma nova orientação estratégica à dimensão que esses quatro municípios juntos conseguem dinamizar em termos do desenvolvimento do território.
Segundo a mesma fonte, está-se a falar de uma associação que, para além de funcionar nos termos estatutários, estará a dialogar com o Governo, com os municípios, com a cooperação descentralizada, bilateral e multilateral, para trazer e atrair, para o território, importantes investimentos, sobretudo nos sectores da agricultura, da pecuária e das pescas.
“Queremos sonhar transformar esta região numa região produtora e abastecedora de mercados, assumindo o desafio de nós próprios, juntamente com parceiros como o Governo, a nossa diáspora e outros, resolvermos as questões que ainda constrangem o desenvolvimento desses quatro municípios”, salientou.
O recém-eleito sublinhou ainda que é fundamental a decisão que se tomou hoje na Associação Intermunicipal Fogo e Brava da autorização ao Conselho Directivo para a criação de uma empresa regional intermunicipal de transportes marítimos entre a essas ilhas e que se conecta também com o eixo sul de Cabo Verde e com as ilhas turísticas para escoamento dos produtos.
Porque, de facto, a questão dos transportes marítimos de ligação CV Interilhas têm afectado, grandemente, o desabrochar das potencialidades dessa região no sector da agricultura, da transformação, no sector da pecuária e no sector das pescas e do turismo.
Neste sentido, realçou que a semelhança daquilo que acontece entre São Vicente e Santo Antão, querem também introduzir uma dinâmica comercial de circulação de pessoas e bens e de conectividade entre Fogo e Brava e o resto das ilhas de Cabo Verde
“Nós agora vamos realizar porque o que nós obtivemos aqui foi uma autorização para o Conselho Directivo analisar, aprofundar, fazer os estudos da viabilidade, a mobilização da engenharia financeira junto da nossa diáspora e dos amigos do Fogo e Brava para a montagem de uma empresa intermunicipal de transportes marítimos sustentável, que dê resposta às enormes dificuldades que nós estamos a atravessar hoje em dia”, argumentou.
Não só pela dimensão económica que aporta essas duas ilhas, mas também pela dimensão social ligada ao sector da saúde, das evacuações e ligada à conectividade, sendo que a ideia é que essa empresa seja constituída em parceria com os imigrantes, mas também em diálogo com o Governo a quem vai ser apresentada essa proposta que virá resolver a problemática dos transportes
“É uma solução a curto prazo, sabemos que existem outras iniciativas de maior porte para o longo prazo e estaremos também a contactar essas pessoas para integrarem essa solução de curto prazo e depois alavancar todo o processo subsequente”, finalizou.
DM/HF
Inforpress/Fim
Partilhar