Nova liderança da AMES&CD almeja internacionalização das empresas para expandir horizontes no mundo dos negócios

Inicio | Economia
Nova liderança da AMES&CD almeja internacionalização das empresas para expandir horizontes no mundo dos negócios
05/09/24 - 04:23 pm

Cidade da Praia, 05 Set (Inforpress) – A nova direcção da Associação das Mulheres Empresárias de Cabo Verde (AMES&CD), liderada por Loide Monteiro, manifestou hoje o desejo de envolver todas as mulheres empreendedoras, com foco na internacionalização para expandir os seus horizontes.

Loide Monteiro, que assumiu a liderança da Associação das Mulheres Empresárias de Cabo Verde e Diáspora no passado mês de Abril, manifestou esse desejo numa entrevista à Inforpress, destacando a resiliência, a inovação e a determinação das mulheres no mundo dos negócios, alinhado com as tendências globais.  

Segundo a mesma fonte, ao transcender fronteiras, as empresárias, não só, garantem o sucesso de suas empresas, mas também contribuem para a criação de um ambiente de negócios global mais diversificado, inclusivo e sustentável.

“Nós queremos trabalhar na internacionalização das nossas empresas, também na nacionalização, porque neste momento trabalhamos um pouco só com Santiago, mas queremos envolver mulheres empresárias das outras ilhas para ter uma abrangência nacional e poder dar oportunidade a todas de desenvolver os seus negócios, através da capacitação de parcerias com outras associações internacionais, principalmente, a nível da CEDEAO”, explicou.  

Avançou que a nova equipa já está a trabalhar numa parceria com a Associação de Mulheres Empresárias da CEDEAO, no sentido de alargar o mercado que, neste momento, é pequeno agravado com a pandemia da covid-19 e outras.

Considerando os vários papéis da mulher, nomeadamente o de mãe, esposa e dona de casa, Loide Monteiro disse que a mulher empresária enfrenta desafios redobrados, o que acaba por fragilizar um pouco o empresariado feminino, pelo que defende a importância do suporte familiar, isto é, do marido e dos filhos.

“Como mulheres empresárias temos muitos desafios, porque desempenhamos vários papéis, com impacto directo na vida da empresa, que por sua vez exige alguma dedicação, e isso acaba por fragilizar um pouco as empresárias mulheres”, observou, enaltecendo a coragem e a garra das damas de negócio que, conforme sublinhou, estão a fazer coisas interessantes para o desenvolvimento de Cabo Verde.

Instada a pronunciar-se sobre como consegue conciliar a vida profissional, enquanto empresária e também líder de uma associação, com a familia, marido e filhos admitiu ser um “grande desafio”, insistindo na importância do suporte familiar.

“É um grande desafio, pelo que é importante o suporte familiar, marido, filhos. Devem compreender a necessidade de que às vezes posso chegar a casa mais tarde ou devo viajar para fazer negócios. No meu caso, tenho a sorte de ter uma família que me dá todo o suporte e isso é muito importante para o sucesso da empresa”, enfatizou.

Voltando à questão da internacionalização das empresas, Loide Monteiro entende que Cabo Verde deve aproveitar da facilidade da comunidade económica da CEDEAO onde há livre circulação de bens, serviços e pessoas, destacando o mercado da Guiné-Bissau, enquanto mercado de língua portuguesa.

“Na maioria dos países falam francês e inglês e muitas mulheres empresárias não têm o domínio de línguas, pelo que devemos começar por um mercado que fala o português, a Guiné-Bissau, que acredito ter muitas oportunidades que não são bem exploradas e onde Cabo Verde pode fazer muitos negócios, tendo em conta as necessidades daquele país, neste momento”, ponderou a empresária, assinalando as oportunidades da Guiné-Bissau, na área do turismo, por exemplo.

“Há um potencial enorme de turismo na Guiné-Bissau e podemos também levar a nossa experiência nessa área. É só explorar e identificar onde estão as melhores oportunidades e onde devemos nos focar”, concretizou, ponderando, entretanto, a questão da mobilidade para permitir contactos e ‘network’ com as mulheres empresárias da Guiné-Bissau e não só.

“Estamos neste momento a fazer o plano estratégico da organização, onde vamos ter orientações claras como prosseguir com as próximas actividades”, anotou, informando que a AMES&CD conta com mais de 150 mulheres empresárias inscritas, mas apenas 20 estão activas, situação provocada, conforme disse, pela pandemia da covid-19.

“Mas agora temos a tarefa de ir buscar essas sócias para estarem mais activas e aproveitarem desta direcção que quer trazer novas oportunidades para todas as mulheres que queiram aderir à organização”, finalizou, Loide Monteiro apelando às mulheres de negócio a se inscreverem e fazerem parte da associação, não só para ser uma sócia passiva, mas trazer ideias e soluções para melhorar as empresas lideradas por mulheres e o ambiente de negócio no país.

SC/HF

Inforpress/Fim

Partilhar