Cidade da Praia, 24 Set (Inforpress) – A Comissão Política Regional (CPR) do MpD em Santiago Norte refutou hoje as acusações do PAICV da região segundo as quais o partido, juntamente com a CRE, está a preparar para condicionar o resultado das autárquicas de Dezembro.
Em conferência de imprensa na cidade da Praia, proferida pelo membro da CPR do MpD, Tarrafal, João Fernandes, este solidarizou-se com a Comissão do Recenseamento Eleitoral (CRE) por acusações que diz serem “injuriosas, falsas e caluniosas” do PAICV.
“O nosso maior objectivo e preocupação é repor a verdade e desmentir claramente este acto de autêntica vitimização do PAICV, através da CPR de Santiago Norte”, afirmou, questionando se o presidente da CRE já perguntou ao PAICV o que aconteceu em 2020, ou seja, se não houve várias transferências, e se o que houve na altura com o CRE-Tarrafal favoreceu esse partido.
Até porque, revelou, o MpD tem provas com fotos do actual presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, José dos Reis, “sentado no computador na secretaria da sede da CRE, com direito a acesso a base de informações eleitoral”.
“O que ele estaria a fazer uma vez que não faz parte da equipa da CRE", voltou a questionar, afirmando se isso não teria contribuído para a vitória do actual autarca.
João Fernandes criticou o PAICV de vir agora tentar desviar atenção do eleitorado trazendo “um conjunto de insinuações e acusações falsas” sobre o candidato apoiado pelo MpD no Tarrafal para as próximas eleições.
Daí que desmentiu todos os pontos de acusação sublinhando que estão baseados em falsas acusações.
“Acusar o candidato do MpD no município de Tarrafal de estar a agir através de um esquema que visa condicionar o acto eleitoral por meio de transferência de recenseados, é falso, é basta ouvir o esclarecimento feito pelo presidente da CRE”, assinalou.
Segundo argumentou a Comissão Política Concelhia do MpD, as transferências caso houver, foram de livre e espontânea vontade de eleitores.
Sustentou ainda que os candidatos do MpD nunca levaram ninguém e nem conhecem nenhum processo de transferência de nenhum eleitor para Tarrafal, que não vive e não tem ligação com o concelho.
A CRP do MpD diz estar espantado com tamanha acusações e vontade do PAICV em confundir a opinião pública, perguntando com base em que lei este partido afirma que houve ilegalidades e que pessoas que não trabalham no Tarrafal não podem pedir transferência de voto.
Pelo contrário, denunciou o PAICV de estar a usar meios públicos, como viaturas do Estado e oferecer materiais de construção civil, nomeadamente cimentos, blocos, areia e ferros como instrumento para condicionar o eleitorado.
O MpD Santiago Norte deixou claro que continua a colaborar com a CRE e todos as demais instituições que trabalham no processo eleitoral, uma vez que, explicou, todo o partido tem por responsabilidade de colaborar, incentivar e dinamizar recenseamento junto com a CRE no acto de recenseamento eleitoral, conforme o artigo 50 do Código Eleitoral.
ET/AA
Inforpress/Fim
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