Cidade de Igreja (Mosteiros), 03 Fev (Inforpress) - O presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Fábio Vieira, disse hoje que a empreitada de asfaltagem de vias urbanas no concelho vem causando algum “desgosto e mal-estar” no seio da cúpula “ventoinha” na região, particularmente nos Mosteiros.
O edil mosteirense falava em conferência de imprensa para reagir às acusações do deputado e presidente da Comissão Politica Regional do Movimento para a Democracia (MpD) Filipe Santos.
Disse que a asfaltagem é um projecto da câmara dos Mosteiros, cujos primeiros passos para a sua concretização foram dados por esta autarquia, através de um empréstimo obrigacionista junto da Bolsa de Valores de Cabo Verde, no valor de 100 mil contos e cujo processo concursal e de adjudicação da empreitada foi igualmente gerido pela edilidade.
“É líquido o impacto que a asfaltagem está a ter no seio da nossa população, como também é notório algum desgosto e desassossego que está a provocar no seio do MpD, que agora, numa tentativa de tirar algum protagonismo político, procura gerar desinformação e confusão em relação à paternidade da mesma”, advogou Fábio Vieira.
O autarca sublinhou que o acordo celebrado com o Ministério das Infraestruturas no passado dia 18 de Janeiro para a gestão física e financeira desta empreitada, visa tão somente a criação de um quadro institucional claro de conjugação de esforços e recursos para a realização desta obra, que representa um grande ganho para o município e cuja parceria do governo é indispensável.
Segundo o edil mosteirense, há um cronograma de execução das obras aprovada e cujos trabalhos terão continuidade assim que a britadeira em São Filipe retomar a produção de inertes, porque, explicitou, as pessoas estão ansiosas e querem ver o asfalto a desfilar pelo corredor principal do município.
Fábio Vieira ressaltou que desde a concepção do projecto, a câmara tentou a parceria do governo, tendo o presidente promovido vários encontros com o primeiro-ministro, a ministra das Infraestruturas, o ministro das Finanças, a Infraestruturas de Cabo Verde e a Estradas de Cabo Verde, que só decidiram envolver após constatarem que a execução do projecto de asfaltagem era algo irreversível, porque a edilidade se empenhou para que tal fosse realidade.
“É de estranhar que o deputado, assim como todos os seus parceiros, só agora tenham acordado para o projecto de asfaltagem, tendo durante todo o processo manifestado desagrado e oposição a tal iniciativa da câmara”, afirmou.
Para Fábio Vieira, o deputado Filipe Santos, percebe pouco da política e muito menos da ciência de governação, por isso é normal que ele confunda conceitos, processos e sobretudo a natureza e autonomia das autarquias locais, observando que desde que assumiu a administração do município, tem pautado por uma “administração transparente, rigorosa e responsável” dos recursos públicos e que as contas municipais são públicas e julgadas pelo Tribunal de Contas e sempre que necessário são inspecionadas pelas autoridades nacionais competentes.
Salientou que desde início do seu mandato tem procurado manter boas relações institucionais com o governo, estribadas nos princípios de complementaridade, solidariedade e subsidiariedade, visando a conjugação de esforços e recursos na promoção do bem-comum, sublinhando que “não há, como nunca houve usurpação de competências do governo e muito menos tentativa de sabotar o trabalho do governo e prejudicar os interesses dos mosteirenses”.
“Fomos eleitos para promover as melhores condições de vida aos mosteirenses, por isso sempre que verificamos alguma letargia do governo em determinadas áreas ou sectores que impactam na vida das pessoas, haverá sempre acção prática desta câmara na promoção do bem-comum”, disse.
JR/CP
Inforpress/Fim
Partilhar