Cidade da Praia, 10 Mai (Inforpress) – O ministro das Comunidades, Jorge Santos, reiterou hoje, na cidade da Praia, que a diáspora cabo-verdiana é um dos recursos mais essenciais para a sustentabilidade do desenvolvimento de Cabo Verde.
Jorge Santos Fez esta afirmação na sua intervenção durante a conferência "O papel da diáspora no processo de financiamento para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde", promovida pela Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), no âmbito das actividades comemorativas do seu 26º aniversário.
“É por isso que este Governo, nesta legislatura, decidiu criar um programa Centralidade da Diáspora, que define as políticas públicas para potenciar a sua dimensão económica e a nível do capital humano”, explicou.
Jorge Santos, que falava na qualidade de orador no painel "Desafios e oportunidades na integração a diáspora de Cabo Verde", defendeu que uma melhor integração da comunidade emigrada é determinante para que Cabo Verde seja um país desenvolvido.
E como prova disso, informou que em 2022 as remessas dos emigrantes foram de 375 milhões de dólares, o que representou, segundo Jorge Santos, um aumento de 45 por cento (45%).
“Em 2023 há um aproximar para o número, mas com uma tendência de diminuição mínima, do valor de 2022”, comunicou.
Relativamente à integração da diáspora no mercado de capitais, Jorge Santos considerou que se trata de uma forma de diversificação do investimento da comunidade emigrada, como forma de financiar o desenvolvimento económico e social do país.
“O mercado de capitais é um dos aceleradores para que possamos atingir o desenvolvimento”, observou o ministro das Comunidades.
No discurso de abertura da conferência, o presidente da BVC, Miguel Monteiro, apelou ao maior envolvimento da diáspora cabo-verdiana no mercado de capitais “por exercer um papel fundamental no desenvolvimento do país".
“Aquilo que nós pretendemos é que, no futuro mais próximo, a nossa diáspora, que já vem apoiando Cabo Verde de várias formas, tenha um maior envolvimento no mercado de capitais”, disse Miguel Monteiro, enaltecendo a participação da comunidade emigrada na oferta pública do International Investiment Bank.
Em relação à realização da conferência, o presidente da BVC esclareceu que tem como objectivo explorar o papel da diáspora cabo-verdiana no desenvolvimento económico e social do país, visando impulsionar o crescimento sustentável e promover a prosperidade para todos os cabo-verdianos, residentes e no estrangeiro.
Para isso, anunciou o lançamento, ainda este ano, da primeira emissão do programa “Diáspora Bond”, um produto financeiro para captar os recursos dos emigrantes e investir em projectos catalisadores do desenvolvimento.
“Acredito piamente que esta conferência trará “inputs” valiosos para contribuir nesse processo de atrair fundos dos nossos emigrantes para investimentos no mercado de capitais, com reflexos positivos no desenvolvimento do nosso país”, concluiu.
Participam na conferência as entidades governamentais, câmaras municipais, operadores da Bolsa, instituições parceiras, emitentes e a sociedade civil interessada.
OM/HF
Inforpress/Fim
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