Ministro destaca importância do curso de engenharia agroflorestal para o país

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Ministro destaca importância do curso de engenharia agroflorestal para o país
21/03/24 - 02:42 pm

Cidade da Praia, 21 Mar (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, destacou hoje a importância que o curso de engenharia agroflorestal terá no desenvolvimento do país, e desafiou os jovens a serem inovadores e aproveitarem as oportunidades que existem nesta área.

O governante, que falava à imprensa, momentos depois de presidir à cerimónia de abertura oficial do curso de licenciatura em Engenharia Agroflorestal, da Universidade de Cabo Verde, realçou que se trata de um acto” simples”, mas de extrema “importância” sendo que irá abrir caminhos para a vida profissional desses primeiros alunos que abraçaram este projecto.

Segundo explicou o ministro, a ideia do Governo é reforçar a capacidade técnica a nível das ciências agronómicas, ciências ambientais, permitindo assim ao país ter os primeiros técnicos agroflorestais, que terão a oportunidade de trabalhar não só no Estado como também no sector, que precisa muito de especialistas.

Adiantou que a nível da agricultura, esses formandos podem trabalhar no sector produtivo, na conservação dos produtos, na transformação e comercialização de alimentos numa lógica de cadeias de valor com qualidade, a nível da pecuária, na produção de alimentos para animais, como no tratamento dos produtos pecuários.

Por outro lado, existem oportunidades a nível do sector da água, nomeadamente na produção, distribuição, irrigação, colocação e instalação de estufas agrícolas e toda assistência técnica necessária quer seja na produção animal como na produção vegetal.

“Há necessidade aqui não só na formação de quadros, mas também na criação das melhores condições para que esses formandos possam exercer as suas profissões, seja a favor do Estado, trabalhar para terceiros a nível do sector privado, mas também como profissionais liberais, que poderão criar as suas próprias empresas”, sublinhou.

"Nós queremos junto convosco realizar esta empreitada, que é conclusão de uma licenciatura que abre caminho para uma vida profissional, ajudará a desenvolver Cabo Verde, mas ajudará também a realizar as vossas vidas", precisou o governante.

“É o papel do Estado e da sociedade cabo-verdiana assegurar que o sistema alimentar funcione para que todos possamos ter dieta saudável, esta é a responsabilidade que todos nós temos de então inovar o sector agrário, conservar os recursos naturais para que o desenvolvimento possa ser também sustentável”, disse o ministro que realçou que a inovação não existe sem ciência.

Na ocasião disse contar com todos que escolheram o sector agrário e ambiental para tornar Cabo Verde num país na rota do desenvolvimento sustentável e assegurar uma dieta saudável para todos, e ao mesmo tempo proteger também o meio ambiente.

Por seu turno, o reitor da Universidade de Cabo Verde, Arlindo Barreto, explicou que perante a evolução mundial a Uni –CV tem vindo a trabalhar na renovação das ofertas formativas sendo que há necessidade de se formatar os cursos oferecidos anteriormente, orientando os alunos para as novas necessidades que o país tem.

Apesar de não haver muita procura para esta área, reconheceu que é necessário dar também uma outra visão daquilo que são as áreas das ciências agrárias.

"É fundamental que haja tomada de consciência das mudanças que estão a acontecer a nível mundial e em Cabo Verde, mas por sermos um país arqueológico, pequeno, insular, tem as suas especificidades, então há que formar e preparar as pessoas para cientificamente trabalharem e propor soluções para os problemas ambientais que nós enfrentamos a nível do ambiente, a nível da agricultura”, mencionou.

Adiantou que neste momento estão inscritos 35 alunos e 22 matriculados, mas assegurou que a inscrição está aberta durante mais uma semana.

Desenvolvido pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), através da Escola de Ciências Agrárias e Ambientais (ECAA), o programa de licenciatura é desenvolvido em colaboração com parceiros nacionais e internacionais como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil, e conta com o financiamento do Governo, através do Ministério da Agricultura e Ambiente que irá subsidiar 30 alunos.

AV/ZS

Inforpress/Fim

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