Ministro destaca contributo do sector privado na dinamização da economia

Inicio | Política
Ministro destaca contributo do sector privado na dinamização da economia
26/06/25 - 02:41 pm

Cidade da Praia, 23 Jun (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, afirmou hoje que Cabo Verde é um país de oportunidades e que o crescimento da economia nacional ocorre graças ao “bom desempenho” do sector privado cabo-verdiano.

Olavo Correia fez estas afirmações quando intervinha na abertura do debate proposto pela UCID sobre a política interna e externa, no segundo dia da sessão plenária deste mês.

Ao iniciar a sua intervenção, o governante congratulou-se com a classificação feita pelo Banco Mundial de que Cabo Verde passa a fazer parte da lista dos países de rendimento médio-alto.

“Como é que um país que cresce economicamente o rendimento per capita em 2010 era de 3.800 dólares? Ouça só, em 2016 foi de 3.749 dólares. Baixou de 3.800 para 3.700. O rendimento per capita baixou, porquê? Porque a economia nos últimos três anos, até 2016, passou por um processo de estagnação”, disse.

“Hoje, o rendimento per capita em 2025 está estimado em cerca de 5.500 dólares. Foi por causa disso que Cabo Verde foi classificado como país de rendimento médio-alto. Mas como é que é possível conseguir isso, sem um sector privado forte, vibrante e que crie riquezas”, questionou.

Para o governante, negar isto é negar uma evidência, é ir contra os manuais da economia, afiançando que o Governo tem estado a trabalhar na garantia de um melhor ecossistema em relação ao fomento empresarial.

“Este é um desafio. O desafio que temos pela frente não podemos deixar de ver os progressos alcançados até agora em relação à dinâmica do sector privado. Como é que é possível que o desemprego diminuiu sem que o sector privado esteja a crescer, que a pobreza diminui sem mais empregos criados pelo sector privado e atingir 1.2 milhões de turistas”, ironizou.

Destacou as acções do Governo na dinamização do sector com a criação de um ecossistema funcional, constituído pela Pó Empresa, Pro Garante, Pro Capital, Fundo Soberano e Banco JTM, indicando que o executivo já investiu mais de nove milhões de contos de financiamento, mais de seis milhões de contos de garantias, mais de três mil empresas com garantias concedidas, mais de mil empresas.

“São os resultados concretos do ecossistema que temos montado na economia cabo-verdiana. Nada disso existia em 2016. Foi tudo criado pelo Governo da República de Cabo Verde”, congratulou-se.

Lembrou ainda que o actual Governo tem estado a trabalhar no melhoramento fiscal e que foi este executivo que baixou a taxa de impostos de pessoas coletivas de 25 %, em 2016, para hoje, 21 %, afiançado que próximo ano, vai ser reduzido para 20% e no próximo mandato com a convicção de que o MpD vencerá as eleições de 2026, será reduzido para 15 %.

O sector privado, segundo Olavo Correia, cresce, gere mais empregos, reduz a informalidade, o emprego informal, promove a formalização da economia cabo-verdiana, constitui a grande maioria, do ponto de vista das empresas em Cabo Verde e assegura 75% de investimentos, a formação multicapital fixa.

“A performance económica cabo-verdiana hoje deve-se, em larga medida, ao contributo do setor privado cabo-verdiano. É o maior investidor, gerador de riquezas, empregador e é o maior financiador do Estado com impostos. É, sim, um factor essencial para a nossa economia no presente e no futuro”, garantiu.

CM/AA

Inforpress/Fim

Partilhar