Cidade da Praia, 06 dez (Inforpress) – O Ministério da Saúde, através da presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) avançou hoje que esperam contar com a colaboração comunitária para a eliminação da dengue, excluindo os viveiros de mosquitos.
Maria da Luz Lima falava à imprensa, na saída da reunião de Coordenação e Avaliação da Situação epidemiológica de dengue em Cabo Verde, realizada esta manhã na presença de dois peritos do Brasil e dos Camarões.
A presidente do INSP referiu que o segredo está no envolvimento comunitário, no sentido de trabalharem em conjunto para evitar a utilização de viveiros dos mosquitos, nomeadamente bidões, pneus, tanques e, também, vasos.
“É um desafio que tem de ser enfrentado pelas famílias e pelas comunidades, porque os mosquitos estão nas nossas casas, quem habita nas nossas casas, somos nós. Então o plano se baseia, sobretudo, no reforço da luta anti-vectorial e da comunicação de risco, e na responsabilização”, disse a responsável.
Conforme Maria da Luz Lima o encontro com os especialistas internacionais visa, por conseguinte, trocar informações, fortalecer a capacidade técnica e operacional e mostrar às pessoas como são as larvas, onde é que elas estão, e como é que podem, sobretudo, tratar os viveiros.
“Porque não basta só deitar a água fora e colocar a água de novo, tem de, sim, eliminar os focos, isto é, deitar a água fora e lavar muito bem, todas as paredes, porque o ovo da fêmea fica impregnado nas paredes dos vasos. Esta é a informação que temos de passar cada vez mais”, explicou Maria da Luz Lima.
A responsável reforçou que o foco será na eliminação das larvas dos mosquitos e prometeu, nos próximos tempos, intensificar o contacto com as pessoas, a fim de perceberem que a dengue só existe porque existe a larva.
Avançou que Cabo Verde notificou esta epidemia em Novembro de 2023, mas que o país lidou com a doença também em 2009 e 2010 e 2017.
Segundo esta responsável, todas as ilhas já estão com casos diagnosticados da doença, não obstante de ter apresentado níveis baixos, mas, após as primeiras chuvas, começou a haver um aumento significativo de casos.
Neste momento, o país acumula cerca de 16 mil casos confirmados e já notificou, até ao momento, oito óbitos.
OS/HF
Inforpress/Fim
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