Ribeira Grande, 23 Ago (Inforpress) – O presidente da Jornada Científica Internacional da Saúde Cuba-Cabo Verde, Jorge Martínez, afirmou hoje que os médicos cubanos representam 75 por cento (%) da força médica em Santo Antão, desempenhando um papel “crucial” na prestação de cuidados especializados.
Jorge Martínez, que falava à imprensa à margem da 3.ª Jornada Científica Internacional da Saúde Cuba-Cabo Verde, sublinhou que este equilíbrio é “vital” para suprir as necessidades de saúde da população de aproximadamente 40 mil habitantes, especialmente em áreas onde o país enfrenta carência de especialistas.
“Actualmente temos aqui em Santo Antão, quatro especialistas cabo-verdianos e 11 cubanos, cobrindo diferentes áreas médicas”, explicou.
Jorge Martínez evidenciou que o encontro visa fortalecer a cooperação entre profissionais de saúde e actualizar conhecimentos em áreas essenciais para o serviço à população.
“O principal propósito é aproximar médicos cubanos e cabo-verdianos, promovendo a actualização em temas médicos relevantes e facilitando a troca de experiências entre os profissionais”, afirmou.
Por sua vez, a directora clínica do Hospital Regional João Morais, Júlia Santos, explicou que a jornada aborda temas estratégicos para os serviços de saúde da ilha, incluindo emergências obstétricas, doenças pediátricas como asma e diarreia persistente, e atendimento pré-natal.
Além disso, serão discutidas áreas como medicina interna, cirurgia, enfermagem, radiografia do tórax, anestesia geral, assim como questões relacionadas com psicose, consumo de canábis e abuso do álcool em doentes internados no Hospital João Morais.
“Esta jornada científica é uma oportunidade para fortalecer a nossa cooperação, reflectir sobre desafios diários e reforçar o compromisso com a vida, a ciência e a comunidade”, afirmou.
A cooperação sanitária entre Cabo Verde e Cuba tem raízes que remontam a 1976, ano em que os primeiros médicos cubanos chegaram ao arquipélago para apoiar o sistema de saúde nacional.
Desde então, profissionais de diversas especialidades têm contribuído para suprir lacunas médicas, capacitar recursos humanos locais e melhorar o acesso a cuidados de saúde em todo o país.
LFS/HF
Inforpress/Fim
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