Porto Inglês, 03 Fev (Inforpress) - O presidente da associação de pescadores da ilha do Maio, Vitoriano dos Reis, considerou que hoje que a questão de fiscalização tem sido um dos grandes constrangimentos para classe.
Conforme afiançou aquele representante em declarações à Inforpress, a falta de fiscalização dentro das baías é visível quase que diariamente a captura de isco, principalmente no Verão por parte de embarcações oriundas de outras ilhas.
Lembrou que a captura de isco é permitida para pesca, no entanto frisou que as embarcações fazem-na para comercializar muitas vezes na própria ilha e à vista das autoridades que nada fazem para pôr cobro a situação.
"A pesca com rede feita pelas embarcações semi-industriais e industriais é também uma das grandes ameaças ao sector, porque não existe fiscalização", enfatizou sublinhando que cada vez mais é necessário pensar numa pesca sustentável.
Vitoriano dos Reis alertou ainda para questão da vandalização dos dispositivos de concentração de peixe colocados um pouco por toda ilha por parte das embarcações provenientes das ilhas de Santiago e São Nicolau, o que na sua opinião demonstra, mais uma vez, a falta de colaboração e respeito dentro da classe.
Relativamente a realidade maiense, o presidente da Associação de Pescadores do Maio fez saber que existe o projecto da co-gestão e está a trabalhar junto das associações e pescadores.
No entanto, disse que existe uma embarcação para prestação de socorros aos pescadores, que está afecta à Polícia Nacional, todavia relatou que os agentes não estão preparados para prestarem este serviço, uma vez que possuem pouco conhecimento na questão de localização recorrendo a GPS.
Nas vésperas de celebrar mais um Dia Nacional do Pescador, Vitoriano dos Reis aproveitou para pedir mais união entre os homens do mar, assim com entre as peixeiras, lembrando que juntos têm mais força para reivindicarem as suas necessidades.
Para assinalar a efeméride, que se celebra a 05 de Fevereiro, aquele representante disse que está previsto a realização de algumas actividades para o convívio entre a classe, adiantando que pretendem homenagear alguns colegas que estão no activo e outros que já deixaram a profissão.
WN/CP
Inforpress/Fim
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