Porto Inglês, 29 Jan (Inforpress) – Peixeiras da ilha do Maio expressaram hoje satisfação com o arranque dos trabalhos da construção do mercado de peixe, mas exortam a câmara municipal a cumprir o prazo para a edificação da obra.
O mercado vai situar-se na antiga fábrica de conserva de peixe e, à Inforpress, algumas peixeiras expressaram alegria, pois aguardar “há vários anos” por essa infra-estrutura.
Maria Bernardete Lopes, uma das peixeiras mais antigas da ilha, disse que no passado foi construído um lugar para venda de peixe, mas que não reunia as condições mínimas para exercerem o seu trabalho, razão pela qual todas as peixeiras da cidade do Porto Inglês trabalham na rua.
“Estamos a vender o nosso peixe ao ar livre e muitas vezes nas ruas, debaixo de sol, vento e poeiras, por isso é que temos vindo a reclamar a construção de um mercado com todas as condições que a nossa profissão merece”, declarou.
Segundo Maria Bernardete Lopes é preciso que também seja levado em conta a instalação de equipamentos de frio para conservação dos produtos.
Aliás, a mesma fonte, manifestou o desejo de se criar um espaço de venda de refeições, “com pratos derivados de peixe”, o que poderia ajudar a compensar em momentos em que há pescado para venda por causa de mau tempo.
A colega Andreia Vanice Anes disse que a expectativa é alta, uma vez que a construção de um novo mercado municipal de peixe era uma reivindicação antiga da classe, pelo que esperam que o mesmo traga todas as condições para exercerem a sua actividade.
Reforçou que a classe está ciente de que, com a entrada em funcionamento do referido espaço, terá que arcar com o custo de funcionamento diário, todavia lembrou que precisam ter uma linha de crédito para reforçar a actividade, que “não tem sido fácil”.
“Chamamos atenção da Câmara Municipal para questão do cumprimento do prazo, uma vez que no Verão não tem sido possível fazer o nosso trabalho diário de baixo de sol, chuva e vento, e como disseram que daqui a seis meses vai concluído esperamos estar ali com todas as condições”, pediu a peixeira.
Manifestou a disponibilidade em colaborar com a equipa que vai ser criada para a gestão do referido espaço, tanto no pagamento das senhas e outros encargos que venham ser exigidos, mas disse esperar que todas as condições sejam criadas para o exercício da profissão, “principalmente a parte higiénica”.
WN/AA
Inforpress/Fim
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