Porto Inglês, 06 Mar (Inforpress) - O Movimento Independente Maiense (MIM), através do seu presidente, Nelson Ramos, exigiu hoje uma explicação por parte da empresa Águas e Energias do Maio (AEM) sobre a qualidade da água produzida na ilha.
Em declarações à Inforpress, Ramos assegurou que apesar do “descontentamento” dos maienses perante a qualidade de água que está sendo fornecida pela empresa Águas e Energias do Maio a tutela, em vez de se inteirar da situação, vai em “contramão das reclamações”
O representante do MIM enfatizou ainda o facto de na nota enviada à imprensa constata-se uma “dualidade de informação” já que informa que a qualidade está dentro do parâmetro exigido a nível internacional na escala de Ph, menor e igual a sete.
Contudo, na mesma nota, salientou o político, a empresa informa que a qualidade da água produzida na ilha em termos de Ph situa-se entre menor e igual a 4, o que considerou “preocupante”, por haver uma discrepância de informação e, quiçá, da qualidade de água que está sendo produzida.
“Com isto podemos deduzir que após o pronunciamento dos maienses na comunicação social sobre a má qualidade de água distribuída na rede, ou o administrador não está a consumir a água produzida pela empresa ou existe realmente um problema entre produção até a casa dos consumidores”, notou.
O Movimento Independente Maiense aproveitou para questionar o impacto que os “avultados investimentos” feitos no sector da água estão a reverter em prol do benefício da população maiense.
Considerou de “incompreensível” a inexistência de um plano de actuação por parte da empresa EAM para acautelar as avarias, bem como do fornecimento às localidades, através de autotanques, lembrando que a construção de reservatórios em zonas como Morrinho e vila da Calheta deveriam ser “uma prioridade”.
“Uma das promessas de campanha do presidente da Câmara Municipal do Maio era exactamente a construção desses reservatórios, mas já estamos no fim do mandato e nada foi feito neste aspecto para minimizar estas questões”, sublinhou o presidente do MIM.
Nelson Ramos lembrou que o fornecimento de água é uma questão prioritária, aliás recordou que a promessa era de que os maienses viriam a contar com o fornecimento de água durante 24 horas/dia, algo que ficou “somente na retórica”.
A mesma fonte lembrou da “promessa da diminuição da tarifa de água”, após os investimentos feitos na instalação do parque fotovoltaico, algo que até então “não é sentida nos bolsos dos maienses”.
Por isso, pediu a criação e divulgação de um calendário de distribuição de água em cada localidade, de modo a permitir às famílias saberem o dia e a hora que podem ter água nas suas torneiras.
"Um outro aspecto que nos preocupa é ver um discurso antagónico dos representantes da ilha no parlamento sobre o problema de fornecimento de água na ilha, quando deveriam estar em uníssono em prol da defesa dos interesses da ilha”, finalizou Nelson Ramos, que classificou ainda de “gravíssimo” a situação de certos prédios de um ou dois andares não conseguem ter acesso a água devido à falta de pressão.
Apesar das tentativas da Inforpress, via telefone, não foi possível falar com o administrador da empresa Águas e Energias do Maio, Vital Fernandes, pelo que voltaremos a este assunto.
WN/AA
Inforpress/Fim
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