Maio: Artesão pede expansão e dinamização do Centro de Artesanato de Calheta

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Maio: Artesão pede expansão e dinamização do Centro de Artesanato de Calheta
23/10/25 - 10:30 am

Porto Inglês, 23 Out (Inforpress) – O artesão Manuel Silva apelou hoje pela expansão e dinamização do Centro de Artesanato de Calheta, de modo a atribuir mais dinâmica ao espaço e incentivar o artesanato na ilha do Maio.

Manuel Silva, conhecido localmente como “Fogo Stan”, disse que as actuais condições do centro, inaugurado em 2012, não são atrativas para os visitantes, apelando à sua remodelação para que possa cumprir a sua função no roteiro turístico da ilha.

“O centro aguarda há vários anos uma segunda fase. Precisamos alargar o espaço, fazer a cobertura, melhorar a electrificação e abrir uma loja com entrada na frente, de modo a ser um atrativo para os visitantes”, destacou o artesão.

No entanto, reconhece que, além de um espaço convidativo, é preciso estimular o artesanato na ilha e incentivar novos artesãos com formações e incentivos, já que o número de artesãos deste centro diminuiu de seis para apenas um. 

“Fogo Stan” lamentou que a falta de incentivos tenha levado os fazedores de arte a desistirem do artesanato no Maio, procurando outros meios de subsistência ou a emigração como refúgio.  

Manuel Silva é um dos mais conhecidos artesãos da ilha do Maio com o domínio, principalmente, da técnica de arte em chapa.

Segundo contou à Inforpress, as obras de arte moldadas em chapas de bidões são as mais procuradas pelos turistas, que se mostram “admirados com a arte de transformar lixo em luxo”, pelo que pede mais valorização da arte que produz. 

“As obras em chapas possuem grande procura porque é diferente e foge daquilo que é o artesanato em Cabo Verde, mais conhecido pela cestaria e cerâmica”, afirmou, defendendo a valorização desta produção singular.

Neste sentido, o artesão apelou às autoridades competentes, nomeadamente à Câmara Municipal do Maio e ao Ministério da Cultura, a olhar mais para o artesanato e a criar medidas e incentivos para os fazedores de arte que ainda resistem na ilha. 

RL/CP

Inforpress/Fim

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