Literacia digital é crucial para combater desinformação no período eleitoral - DGAPE

Cidade da Praia, 16 Out (Inforpress) – O director-geral de Apoio ao Processo Eleitoral, Salif Silva, defendeu hoje que a única forma de combater a desinformação é ter cidadãos conscientes da forma como devem utilizar as novas tecnologias de informação.

Salif Silva falava à imprensa, no âmbito de um encontro alargado sobre a “Preservação da Integridade das Eleições face à Desinformação e Informações Falsas durante o Período Eleitoral", promovido na cidade da Praia, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Segundo este responsável a literacia digital é fundamental e cada vez mais premente, justificando que quando se dá ferramentas de conhecimento, sobretudo aos jovens, para lidarem melhor com os dispositivos tecnológicos, está-se a empoderá-los. 

Entretanto, lembrou que o que se assiste actualmente no contexto das eleições é a questão da desinformação, dos “fake news”.

“A única forma de combater isso é termos cidadãos formados e conscientes da forma como devem utilizar a tecnologia”, defendeu, frisando que diversos países têm enfrentado ataques cibernéticos a instituições, como é o caso da própria Comissão Nacional de Eleições de Moçambique.

Daí que, afirmou, as instituições nacionais ligadas ao processo eleitoral estão apreensivas e a tomar todas as medidas necessárias. 

Por isso, argumentou que esse encontro é importante por ser uma oportunidade de congregar todos os parceiros e as partes interessadas, no sentido de discutirem melhor formas de contornar essa ameaça que tem se revelado cada vez mais premente.

“O que esperamos é que possa sair daqui algumas linhas orientadoras que nos possam servir para desenharmos um plano de acção nesse combate”, reforçou. 

O encontro promovido pela CNE antecede as eleições autárquicas de 01 de Dezembro, e constitui, segundo a instituição, um espaço de reflexão e debate sobre as estratégias para combater a desinformação no período eleitoral.

Reuniu jornalistas, académicos, profissionais da área jurídica e eleitoral, representantes de entidades reguladoras e órgãos de comunicação social, sociedade civil organizada, partidos políticos, estudantes e interessados no tema.

ET/CP

Inforpress/Fim