Cidade da Praia, 08 Fev. (Inforpress) – O presidente da Comissão Executiva (PCE) do Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN), Luís Vasconcelos, desmentiu hoje a secretária-geral da UNTC-CS, que o acusou de apresentar dados "falsos", afirmando que tais declarações são “graves” e passíveis de processo-crime.
Em conferência de imprensa esta quarta-feira para, segundo disse, “repor a verdade dos factos face à desinformação e falsidade publicada na comunicação social” sobre os leilões do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), Joaquina Almeida disse que o BCN apesar de apresentar maior taxa de juro foi o banco que apresentou maior risco de balanço no mercado e por isso não ganhou os leilões.
“Seus dados financeiros auditados indicaram pior qualidade de balanço, nomeadamente um substancial menor rácio de solvência e uma sinistralidade de crédito mal parado substancialmente superior, que contribuem para aumentar o risco de balanço no mercado”, sustentou.
Por outro lado, Joaquina Almeida que é membro do Conselho Directivo, afirmou que depois da Caixa Económica, o BCN é o banco que tem maior recursos do INPS à ordem e é aquele que menos paga por esses recursos e acusou Luís Vasconcelos de apresentar informações “falsas” quando diz que o banco paga de “forma competitiva” pelos depósitos do Instituto.
Em conversa com a Rádio de Cabo Verde (RCV) a partir de Espanha, Luís Vasconcelos frisou que o Banco Central, após as outras respostas de Joaquina Almeida relativamente à suspensão dos leilões, já veio reafirmar que todos os bancos cumprem os rácios.
“Isto é, o sistema financeiro é sólido, inclusive todos os bancos onde está incluído o BCN. Por isso, as afirmações que ela faz relativamente aos rácios do BCN são completamente conceituais e não envolvem a verdade”, declarou.
Luís Vasconcelos pede que o Banco Central que mandou suspender os leilões para instaurar um processo de averiguação venha a público “pôr um fim a esta gincana pública que a Joaquina está a dizer”.
O presidente da Comissão Executiva considera que, além de “graves”, as declarações da líder da UNTC-CS causam “estranheza”. E pelo facto da mesma fazer parte do Conselho Directivo do INPS pede que a instituição venha demarcar-se dessas afirmações, sob pena de torna-se automaticamente co-autor destas afirmações.
Luís Vasconcelos adiantou que ainda hoje o presidente do conselho de administração do BCN, Paulo Lima, vai tomar uma posição institucional sobre o conteúdo das declarações da UNTC-CS.
Os leilões do INPS, realizados com o objectivo de rentabilizar os recursos, foram suspensos pelo Banco de Cabo Verde (BCV) em Janeiro, após uma primeira comunicação proferida pela secretária-geral da UNTC-CS, segundo a qual “o BCN tem em sequestro 150 mil pertencentes ao INPS”.
MJB/ZS
Inforpress/fim
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