Cidade da Praia, 13 Abr (Inforpress) – O ministro do Mar disse hoje que Cabo Verde pretende aumentar as áreas marinhas protegidas dentro e fora das zonas costeiras, considerando que são essenciais para proteger a biodiversidade e os recursos marinhos.
Jorge Santos, que falava na cidade da Praia na abertura do ateliê regional sobre o acordo Biodversity Beyond National Jurisdiction (BBNJ) e Áreas Marinhas Protegidas em Alto Mar, sublinhou que com aumento de mais 12 milhas na Zona Económica Exclusiva (ZEE), Cabo Verde estará a dar “um passo grande” para atingir a meta em 2030 de ter 30 % do mar deste arquipélago protegido.
Segundo o governante, o arquipélago tem 22 áreas marinhas protegidas.
Para a conservação dessas áreas, disse que o Governo está a trabalhar juntamente com as zonas costeiras, as organizações não governamentais, comunidades piscatórias e costeiras.
Para garantir o futuro das espécies e controlar os estoques existentes para serem exploradas a nível das comunidades piscatórias e costeiras realçou que é preciso provocar uma mudança de mentalidade nas comunidades piscatórias.
A mesma fonte destacou como “fundamental” a participação dessas ONG na mudança de mentalidade para protecção dos oceanos.
Por outro lado, aproveitou para lembrar que Cabo Verde tem “apostado fortemente” na economia azul com uma estratégia nacional para o mar, sobretudo na valorização do capital humano e na exploração do mar.
A ateliê regional BBNJ e Áreas Marinhas Protegidas em Alto Mar reúne especialistas de diversas áreas, incluindo Oceanografia, Biologia Marinha, Ecologia e Direito do Mar, além de representantes governamentais, parlamentares, membros da sociedade civil e instituições científicas da África Ocidental.
O evento, promovido pelo Programa Regional de Conversação da Zona Costeira e Marinha da África Ocidental (PRCM), pelo Gabinete Francês para a Biodiversidade (OFB), em parceria com as autoridades nacionais de Cabo Verde, tem como lema "Conectividade das redes de áreas marinhas protegidas, da zona costeira até o alto-mar".
Visa promover “uma maior compreensão” sobre o acordo BBNJ, adoptado pela ONU em 2023, e apoiar os países da África Ocidental no processo de ratificação do acordo.
DG/AA
Inforpress/Fim
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