Cidade da Praia, 17 Abr (Inforpress) – A Polícia Nacional (PN) esclareceu, quarta-feira, que a recusa de entrada a cidadãos nigerianos em Cabo Verde no dia 13 deveu-se à falta de documentação que comprove, nomeadamente, a garantia de meios de subsistência e finalidade da viagem.
Em comunicado, a PN explicou que por volta das 14:00 do dia 13 deste mês, a Unidade de Fronteira Aérea sediada no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, procedeu à recusa de entrada em território nacional de dois grupos de cidadãos nigerianos.
O primeiro grupo era constituído por cinco passageiros e o segundo por dois, compreendendo quatro mulheres e três homens, todos provenientes do Senegal, no voo da Transavia.
Entre os motivos que estiveram na origem da recusa de entrada destes cidadãos, a PN apontou a não comprovação dos meios de subsistência exigidos nos termos da lei, que garantam a capacidade financeira para custear a estadia, e o facto de não terem apresentado comprovativo válido que pudesse atestar a finalidade da viagem.
Por outro lado, a PN esclareceu que existiam indícios de exploração económica e da confiança.
Segundo a mesma fonte, quatro dos passageiros declararam ter pago antecipadamente à organizadora da viagem uma quantia em numerário que varia entre os 2.000 e 2.400 dólares americanos para os trazer para Cabo Verde.
Feitas as diligências, a PN, através da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras (DEF) concluiu que apesar de terem pago à organizadora da viagem esses valores, à chegada ao país, os passageiros não tinham hotel para os 14 dias que deviam permanecer em Cabo Verde.
E acrescentou, não tinham também garantias de subsistência, nem qualquer outro elemento que comprovasse tratar-se efectivamente de uma viagem turística organizada por uma agência.
Com isso, a Polícia Nacional informou que foram constituídos passageiros não admitidos (INAD), tendo-lhes sido explicados os motivos da recusa e da necessidade de embarcarem no mesmo voo de regresso, “o que recusaram e começaram a provocar desordem na sala de embarque”.
“Apesar de apresentarem comportamento desordeiro, não cumprindo as ordens, os elementos da PN mantiveram-se sempre muito calmos, amigáveis e disponíveis para ajudar nas questões relativas à saúde, alimentação e higiene”, realçou.
Relativamente às acusações de racismo, a DEF sublinhou que actua no estrito cumprimento da lei, não estando em causa a nacionalidade das pessoas, mas as condições com que se apresentam perante a fronteira.
ET/CP
Inforpress/Fim
Partilhar