Falta de comprovativos de meios de subsistência entre motivos da recusa de entrada em Cabo Verde a nigerianos - PN

Inicio | Sociedade
Falta de comprovativos de meios de subsistência entre motivos da recusa de entrada em Cabo Verde a nigerianos - PN
17/04/25 - 12:05 pm

Cidade da Praia, 17 Abr (Inforpress) – A Polícia Nacional (PN) esclareceu, quarta-feira, que a recusa de entrada a cidadãos nigerianos em Cabo Verde no dia 13 deveu-se à falta de documentação que comprove, nomeadamente, a garantia de meios de subsistência e finalidade da viagem.

Em comunicado, a PN explicou que por volta das 14:00 do dia 13 deste mês, a Unidade de Fronteira Aérea sediada no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, procedeu à recusa de entrada em território nacional de dois grupos de cidadãos nigerianos.

O primeiro grupo era constituído por cinco passageiros e o segundo por dois, compreendendo quatro mulheres e três homens, todos provenientes do Senegal, no voo da Transavia.

Entre os motivos que estiveram na origem da recusa de entrada destes cidadãos, a PN apontou a não comprovação dos meios de subsistência exigidos nos termos da lei, que garantam a capacidade financeira para custear a estadia, e o facto de não terem apresentado comprovativo válido que pudesse atestar a finalidade da viagem.

Por outro lado, a PN esclareceu que existiam indícios de exploração económica e da confiança.

Segundo a mesma fonte, quatro dos passageiros declararam ter pago antecipadamente à organizadora da viagem uma quantia em numerário que varia entre os 2.000 e 2.400 dólares americanos para os trazer para Cabo Verde.

Feitas as diligências, a PN, através da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras (DEF) concluiu que apesar de terem pago à organizadora da viagem esses valores, à chegada ao país, os passageiros não tinham hotel para os 14 dias que deviam permanecer em Cabo Verde.

E acrescentou, não tinham também garantias de subsistência, nem qualquer outro elemento que comprovasse tratar-se efectivamente de uma viagem turística organizada por uma agência.

Com isso, a Polícia Nacional informou que foram constituídos passageiros não admitidos (INAD), tendo-lhes sido explicados os motivos da recusa e da necessidade de embarcarem no mesmo voo de regresso, “o que recusaram e começaram a provocar desordem na sala de embarque”.

“Apesar de apresentarem comportamento desordeiro, não cumprindo as ordens, os elementos da PN mantiveram-se sempre muito calmos, amigáveis e disponíveis para ajudar nas questões relativas à saúde, alimentação e higiene”, realçou.

Relativamente às acusações de racismo, a DEF sublinhou que actua no estrito cumprimento da lei, não estando em causa a nacionalidade das pessoas, mas as condições com que se apresentam perante a fronteira.

ET/CP

Inforpress/Fim

Partilhar