Cidade da Praia, 01 Jul (Inforpress) - A nova regulamentação que alarga a instalação de parquímetros a várias zonas na cidade da Praia entrou hoje em vigor, provocando reações divergentes entre residentes e automobilistas.
A decisão, aprovada em sessão ordinária da Câmara Municipal da Praia no passado 16 de Maio e publicada no dia 25 de Junho no Boletim Oficial, tem como objectivo organizar o estacionamento, promover a alternância na ocupação das vagas e facilitar o acesso a estabelecimentos comerciais e habitações.
A medida, que visa disciplinar o trânsito e melhorar a mobilidade urbana, está a dividir opiniões entre os praienses.
Enquanto alguns moradores consideram positiva a iniciativa por contribuir para a organização urbana, outros manifestam descontentamento, apontando a falta de aviso prévio e possíveis prejuízos para o comércio local.
No bairro do Palmarejo, Djany Semedo, condutora, considera que a instalação dos parquímetros pode beneficiar a cidade.
“Vai contribuir para uma melhor organização e é também uma forma de participação no desenvolvimento do país”, sublinha.
A condutora destaca, no entanto, que faltou comunicação por parte das autoridades.
“Devia ter havido um anúncio prévio para evitar surpresas, no meu caso, eu nem sequer sabia dessa nova regulamentação”, argumenta.
Também residente no bairro em questão, Júlio Teixeira defende a medida como um mecanismo necessário para disciplinar o parqueamento.
Para ele, “há muitos carros estacionados de forma desordenada nos passeios, e isso prejudica os peões”, considerando natural que a câmara encontre fontes de receita através desse tipo de cobrança.
Teixeira sublinha ainda que “o importante é que o dinheiro arrecadado seja bem aplicado”.
Em contrapartida, o condutor Renato Gonçalves entende que a medida é “excessiva e mal ajustada à realidade local”.
“Não podemos nem parar para tomar um café sem arriscar uma coima”, observa, acrescentando que “Palmarejo sempre foi um bairro organizado e não havia necessidade de instalar parquímetros”.
Segundo ele, o impacto no comércio e nos moradores será negativo, sugerindo que a medida seja revertida.
“Se pudessem tirar, seria bom, aqui não se estaciona por muito tempo, é uma zona de negócios e os moradores acabam por ser penalizados”, pontua Gonçalves.
A regulamentação abrange ainda outras áreas com forte circulação urbana, como Praia Shopping, Quebra Canela, Avenida Cidadela, Palmarejo Grande, Gamboa e áreas adjacentes à Biblioteca Nacional, Auditório Nacional, Centro de Formação Profissional e Electra e Achada de Santo António.
KF/LC//ZS
Inforpress/Fim
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