Ilha do Sal: Representante especial da UE quer novas parcerias para formar sociedades baseadas na democracia

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Ilha do Sal: Representante especial da UE quer novas parcerias para formar sociedades baseadas na democracia
08/04/24 - 03:19 pm

Santa Maria, 08 Abr (Inforpress) - O representante especial da União Europeia (REUE) para os direitos humanos, salientou hoje que “aqueles que acreditam na protecção dos direitos humanos e querem formar sociedades baseadas no Estado de direito, precisam manter-se unidos e construir parcerias fortes".

Olof Skoog fez essa afirmação quando discursava na abertura da conferência internacional “Liberdade, Democracia e Boa Governança”, nesta que é a sua primeira visita ao estrangeiro na qualidade de novo Representante Especial da UE para os Direitos Humanos.

Este representante salientou o facto dessa primeira visita se dirigir a África e a um fórum centrado precisamente na liberdade, na democracia e na boa governação, ao qual espera que “consigam obter uma bússola clara sobre como promover a parceria no reforço das liberdades democráticas e promover todo o espectro dos direitos humanos”.

“Todos temos consciência dos desafios, das crescentes desigualdades sociais, da diminuição do espaço cívico, dos conflitos que põem de lado os princípios mais fundamentais da humanidade e da civilidade e além disso, as tensões que tornam o progresso nas soluções multilaterais muito difícil de alcançar neste momento”, sublinhou.

Segundo a mesma fonte, “o ressurgimento global do autoritarismo, a pressão sobre os meios de comunicação social livres e sobre a sociedade civil e a escalada da campanha de desinformação representam uma ameaça muito grave ao tipo de mundo que tem vindo a lutar e a representar”.

Neste sentido, o REUE afirmou que a UE dispõe de um quadro “sólido” para a cooperação com outros países, incluindo um plano de acção sobre os direitos humanos e a democracia, que orienta a política externa e combate o retrocesso democrático através da promoção da resiliência democrática.

Olof Skoog, não deixou também de referir a “democracia madura” e os padrões de boa governação de Cabo Verde, que, segundo o mesmo, “foram fundamentais para alcançar resultados tão bons com a iniciativa do portal global”.

“Os direitos políticos, económicos, sociais e culturais andam juntos. Precisamos de inverter a tendência de atraso na agenda 2030, e juntos, a UE e os seus Estados-Membros são o principal fornecedor mundial de ajuda e cooperação para o desenvolvimento, representando 45% de toda a ajuda oficial ao desenvolvimento prestada em todo o mundo”, referiu.

Este representante especial, acrescentou ainda que a abordagem da UE ao desenvolvimento inclui um “forte” enfoque na redução das desigualdades de acordo com os princípios dos direitos humanos de igualdade.

Para concluir, Olof Skoog ressaltou que os desafios “podem ser assustadores, mas não são intransponíveis”, sublinhando que “através da solidariedade, da cooperação proactiva e da determinação inabalável, podem construir um futuro onde a democracia prospere, os direitos humanos sejam respeitados e todas as vozes sejam ouvidas”.

Durante o acto de abertura, discursaram também o representante especial do secretário-geral e chefe do Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel, Leonardo Simão, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, deixou uma mensagem de vídeo endereçada a este evento.

NA/ZS

Inforpress/Fim

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