Espargos, 13 Fev. (Inforpress) – Os mais variados produtos típicos para o almoço de Cinzas estão mais caros, no Sal, com as vendedeiras a queixarem-se da fraca venda, motivada também, conforme comentam, pela concorrência do comércio ambulante.
Quarta-Feira de Cinzas, que marca o encerramento do Carnaval, é uma data “extremamente importante” do calendário religioso católico.
A efeméride é celebrada com muita comida, mas os nativos do Sal não têm essa tradição de festejar as Cinzas, a não ser famílias, particularmente de gente oriunda de Santiago, que assinalam o dia com fartura.
Na mesa não podem faltar os pratos da época, confeccionados à base de peixe seco, xerém, acompanhados de batata-doce, mandioca, batata inglesa, couve, abóbora, entre outros produtos hortícolas para a composição do manjar do dia de Cinzas, e a sobremesa é cuscuz com mel.
No Mercado Municipal dos Espargos, pode-se encontrar de tudo um pouco, entretanto, as vendedeiras queixam-se da fraca venda, enquanto as donas de casa, particularmente, dizem que as coisas estão muito caras, referindo, por exemplo, que um quilo de peixe seco custa mil escudos.
“Vamos vendendo devagar, devagar, mas cau sta mau (nada favorável) ”, conta Quinta, e outras colegas da lide, questionando ainda o facto de na quarta-feira se fechar o mercado.
“A venda está fraca. Na quarta-feira a gente podia catar mais um pouco, mas o mercado estará fechado porque é feriado. Ficamos em casa até quinta-feira sem vender nada, com produto empatado… sima cau sta mau”, reclamou, desejando que as autoridades camarárias possam mudar de ideia e mandar abrir as portas do mercado.
A meio das reclamações, nomeadamente de vendedores ambulantes em carrinhos de mão, dos minimercados onde se encontram toda a espécie de frescos e verduras, a par da falta de hábito das pessoas fazerem compras no mercado, atiram essa entre gargalhadas: “Sandra cumpran gó… ka djan nu dau entrevista”.
SC/JMV
Inforpress/Fim
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