Santa Maria, 17 Jul (Inforpress)- O presidente da AKIS denunciou hoje, no Sal, que uma segunda associação de Karaté, a ARKIS, “criada ilegalmente”, anda a desenvolver actividades em nome das escolas da ilha e a beneficiar de financiamentos de entidades públicas.
Em conferência de imprensa, o presidente da Associação de Karaté da Ilha do Sal (AKIS), José Pimenta Lima, disse que a última “façanha” da Associação Regional de Karaté da Ilha do Sal (ARKIS) foi realizar um Open Sal Karaté 2024, afirmando que do “Open sairia uma equipa que seria a seleção nacional do Karaté”
O responsável afirmou que, não obstante estar a decorrer no Tribunal Judicial da Comarca do Sal uma ação para para demonstrar a criação “ilegal” da segunda associação, receberam a noticia de que o Open Sal de Karaté irá substituir o regional de Karaté no Sal.
“Para o nosso espanto, ficamos a saber que o Open Sal irá passar a substituir o campeonato regional de karaté, que normalmente deve ser realizado e organizado pela Federação Cabo-verdiana de Karaté e a Nacional e a Associação de Karaté da Ilha do Sal”, denunciou.
A mesma fonte afirmou que a informação causa mais estranheza por ter sido trazido ao público pelo próprio vereador do Desporto na ilha, Euclides Silva.
Pimenta Lima lembrou que desde de 1999, existe uma associação que representa as escolas de karaté no Sal, a Associação do Sal de Artes Marciais (ASAM), cuja firma foi alterada em 2007 para AKIS, visando acompanhar a nomenclatura desportiva nacional, devidamente publicada no Boletim Oficial.
“No ano de 2012, verificou-se na mesma região desportiva a criação de uma nova associação, com exactamente o mesmo nome, que a existente, e que dizia vir a ser representante das escolas de Karaté da Ilha”, explicou.
“A forma estranha como essa associação apareceu não passou despercebida, visto ter sido criada não por escolas ou clubes de Karaté, mas da mesmíssima forma que se deve criar uma escola ou clube, ou seja, por pessoas singulares”, continuou Pimenta lima, afirmando que houve por parte do promotor da ARKIS aquilo que consideram manobras escusas para camuflar o assunto.
Sendo assim o responsável pede esclarecimentos públicos, pelo facto de serem anunciadas transferências de verbas do erário público para financiar o Open realizado na ilha, nos passados dias 12, 13 e 14 de julho, que segundo o próprio promotor rondam os 4.900 contos.
A mesma fonte questiona se é legítimo financiar actividades de uma associação em detrimento de outra, quando ainda está pendente uma acção judicial para aferir da legalidade ou ilegalidade da criação e surgimento da segunda associação.
Em jeito de conclusão, o responsável pergunta “por que razão a Câmara Municipal do Sal, através do seu vereador do Desporto, faz a usurpação dos poderes conferidos à Federação Cabo-verdiana de Karaté sobre a realização de campeonatos de modalidades federadas".
“Por que é que o ministro do Desporto faz usurpação dos poderes conferidos à Federação Cabo-verdiana de Karaté, também de forma tão flagrante, substituindo a Federação nos contactos e fazendo a representação direta do Karaté Cabo-verdiano junto de países estrangeiros?”, interrogou, concluindo.
NA/JMV
Inforpress/Fim
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