Espargos, 05 Mai (Inforpress) – A Assembleia Política Concelhia do Movimento para a Democracia (MpD) no Sal reagiu hoje às críticas do PAICV sobre a política de habitação social na ilha levantadas pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar durante a visita do grupo ao Sal.
As declarações foram feitas em uma conferência de imprensa, no Sal, pelo presidente da Assembleia Política Concelhia, Francisco Correia, que enfatizou que a erradicação das barracas nos bairros de Alto São João e Alto Santa Cruz foi uma iniciativa "fundamental, planificada e implementada a partir de 2016" pelo governo do MpD.
Segundo o líder partidário, a medida já resultou na atribuição de mais de 600 apartamentos a residentes de áreas precárias, solucionando um "problema herdado dos anteriores governos do PAICV".
O processo de realojamento em Alto Santa Cruz, garantiu Correia, decorre de forma "serena e tranquila", com a expectativa de um sucesso semelhante ao alcançado em Alto São João, onde as barracas foram totalmente eliminadas e agora prioridade, assegurou, é garantir uma transição "planeada, transparente e com o máximo apoio às famílias envolvidas".
“Desde 2017, o MpD contabiliza a melhoria das condições habitacionais de aproximadamente 600 famílias, cerca de 3.000 pessoas, no Sal. Os investimentos realizados incluem a construção de arruamentos, redes de água e esgoto e iluminação pública, totalizando cerca de um milhão de contos”, sublinhou.
Estas intervenções, segundo Correia, impulsionaram a segurança, o saneamento, a saúde pública e a autoestima dos beneficiários.
Francisco Correia não deixou de expressar “indignação” com a postura do vice-presidente do Grupo Parlamentar do PAICV, Démis Almeida, sublinhando que este lembra os bairros de Alto Santa Cruz e Alto São João, apenas para “politiquice”.
“É importante lembrar que durante a governação do PAICV, em que este deputado foi ministro, nunca construíram uma única casa social, e todas as casas construídas para dar resposta a habitação social no Sal foram construídas na década de 90, sob a governação do então primeiro-ministro Carlos Veiga”, sublinhou.
O partido no poder responsabiliza o PAICV pela "existência e permanência da situação de precariedade" em Alto Santa Cruz e Alto São João.
A “narrativa” de que as zonas eram proibidas de edificação por serem áreas de servidão aeroportuária foi classificada como uma "retórica falaciosa" para justificar a "inação, negligência e insuficiência de políticas ao longo dos anos".
Francisco Correia reafirmou o "compromisso" do MpD em continuar a trabalhar na regularização e melhoria das condições de habitabilidade no Sal, visando o desenvolvimento social, económico e ambiental e a garantia de "dignidade, segurança e qualidade de vida para todos os cidadãos".
“Reafirmamos o nosso compromisso de continuar trabalhando para regularizar e melhorar as condições de habitabilidade na nossa ilha, promovendo acções que contribuam para o desenvolvimento social, económico e ambiental”, garantiu.
Adiantou ainda que todas estas construções foram realizadas com recursos provenientes da taxa do turismo cobrada no Sal, receita que outrora era “arrecadada e enviada para destinos desconhecidos” e que, segundo o mesmo, a partir de 2016 passou a ser utilizada de forma “transparente e responsável” para beneficiar directamente toda a ilha.
Francisco Correia concluiu reiterando o firme compromisso em continuar a investir na habitação social como pilar para o crescimento sustentável do município e o bem-estar da população.
NA/ZS
Inforpress/Fim
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