IGQPI pede incentivos à certificação que garantem qualidade e sustentabilidade dos operadores económicos

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IGQPI pede incentivos à certificação que garantem qualidade e sustentabilidade dos operadores económicos
29/05/25 - 02:02 pm

Cidade da Praia, 29 Mai (Inforpress) - A presidente do Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI) defendeu a criação de programas de incentivo à certificação capazes de aumentar acesso à qualidade, através da certificação, e garantir a sustentabilidade dos operadores económicos.

Ana Paula Spencer fez estas considerações na cidade da Praia, no workshop de lançamento de Programas de Certificação em Boas Práticas de Fabrico (BPF) e do Sistema HACCP, de análise de perigos e pontos críticos de controlo, promovido pelo IGQPI.

Estes programas são destinados aos Operadores do Setor Alimentar (OSA) e visam fortalecer as condições para a produção de alimentos seguros em Cabo Verde, em conformidade com as normas internacionais do Codex Alimentarius.

Na ocasião, a presidente do IGQPI lamentou que apenas três dos 20 pequenos alojamentos turísticos certificados em 2021 renovaram a certificação, um número que evidencia, segundo afirmou, limitações financeiras das micro, pequenas e médias empresas.

“E reforçam a urgência de criar programas de incentivo que ampliem o acesso à certificação e assegurem a sustentabilidade dos operadores económicos nacionais”, acrescentou.

Até o momento, o IGQPI já desenvolveu e implementou programas de certificação como a Certificação de Pequenos Alojamentos Turísticos, com capacidade de quatro a 35 quartos, e a Certificação em Sustentabilidade para hotéis, operadores e destinos turísticos. 

Agora, com o Programa de Certificação em BPF e HACCP, o foco vai ser para as empresas do setor alimentar, reforçando o compromisso com a segurança e qualidade dos alimentos produzidos em Cabo Verde.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada dez pessoas no mundo adoece anualmente devido ao consumo de alimentos contaminados, resultando em mais de 420 mil mortes por ano, das quais cerca de 125 mil são crianças”, declarou, para quem isto alerta para a urgência de garantir a segurança sanitária dos alimentos em todas as fases da cadeia alimentar.

Considerou, neste sentido, que a certificação em BPF e HACCP não é apenas um requisito técnico, mas uma “poderosa ferramenta” para proteger o consumidor, fortalecer o setor alimentar e salvaguardar a saúde pública.

Esta dirigente lembrou que foi aprovado recentemente o decreto-lei 37/2024, pelo Governo, que confere ao IGQPI o papel de Organismo Nacional de Certificação para produtos, processos, serviços, sistemas e pessoas. 

Um marco que, segundo Ana Paula Spencer, fortalece a autoridade institucional do instituto e cria as bases para o desenvolvimento de programas de certificação com credibilidade e reconhecimento internacional.

ET/AA

Inforpress/Fim 

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