Cidade da Praia, 02 Jul (Inforpress) – O Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) registrou 184 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, em 2024/2025, uma ligeira diminuição em relação aos 211 casos, em 2023.
Segundo a presidente do ICCA, Zaida Freitas, até o mês de Maio de 2025 o ICCA já recebeu 77 denuncias, sendo quatro do sexo masculino e 73 do sexo feminino.
No entanto, a presidente sublinhou que as denúncias nem sempre se traduzem em casos concretos e que a redução verificada até agora não pode ser considerada uma diminuição efectiva de casos de abuso.
"Apesar de haver uma diminuição nas denúncias, não podemos afirmar que haja uma redução real de casos", afirmou.
Zaida Freitas destacou ainda que no primeiro semestre de 2024 a tendência apontava para uma diminuição nas denúncias, mas com o alerta de que o número de casos não deve ser subestimado.
A campanha Proteja, que visa sensibilizar e prevenir, também tem incentivado a denúncia de abusos, com particular atenção a algumas ilhas como Fogo, São Vicente e na cidade da Praia.
"A Ilha do Fogo, a Ilha de São Vicente e o município da Praia, particularmente, são áreas que ainda apresentam maior números de casos", referiu, destacando a necessidade de uma atuação mais robusta para combater este tipo de violência.
A presidente do ICCA apelou à união de todos os sectores da sociedade para o combate à violência sexual contra as crianças e adolescentes.
"A proteção da criança é responsabilidade de todos, da família, da comunidade, da sociedade como um todo e, claro, das instituições públicas", frisou, enfatizando que apenas com um esforço conjunto será possível erradicar toda e qualquer forma de abuso e exploração sexual.
Este apelo foi lançado no contexto de uma tertúlia municipal, que se realizou sob o tema "O compromisso do município da praia na proteção do abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes".
A iniciativa insere-se no eixo 5, mobilização e articulação do plano de prevenção, que defende o fortalecimento das redes locais no combate à violência sexual de forma integrada, abrangente e sustentável, apelando a mobilização de tosos os sectores da sociedade.
JBR/AA
Inforpress/Fim
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