Em declarações à Inforpress, o responsável pelo Centro de Saúde local, Luciano Melo Veiga, explicou que essa “expressiva participação” resulta de um trabalho intenso de conscientização e promoção da doação realizado nos últimos cinco anos, com apoio de parceiros como a câmara municipal, associações locais, professores e desportistas.
Pois, ressaltou que em 2019 havia grande dificuldade para atrair doadores, e em algumas campanhas o número de voluntários era inferior a dez.
Hoje, sublinhou, graças ao envolvimento da comunidade e à continuidade das acções de esclarecimento, o município de São Salvador do Mundo se destaca em Santiago pelo número de doadores em relação a sua população.
No entanto, ressaltou que o desafio permanece, pois, o Banco de Sangue ainda “não é auto-sustentável”.
“Precisamos que os voluntários façam doações regularmente para evitar a ruptura de stock, especialmente em momentos como este, com alta procura devido a situação de dengue,” declarou.
As acções, assim como as campanhas, explicou que sempre focam em esclarecer dúvidas e combater a desinformação, uma das principais barreiras que geram medo e afastam possíveis doadores.
Segundo Luciano Melo Veiga, é essencial que a população compreenda a doação de sangue como um “acto de amor e solidariedade”, destacando que as doações passam por um processo criterioso em garantir que os doadores estejam aptos para que os receptores recebam um sangue “saudável”.
Por seu turno, Ana Miranda, responsável pelo Banco de Sangue, comemorou o “sucesso da campanha”, salientando que a quantidade de sangue recolhida hoje será crucial nas próximas semanas, especialmente devido à situação da dengue que aumentou a demanda por transfusões.
“Esta mobilização de São Salvador do Mundo faz toda a diferença. Precisamos de doadores que continuem comprometidos para manter o estoque estável”, afirmou.
A responsável reforçou o apelo para que mais voluntários procurem a instituição, garantindo que o processo é seguro e passa por avaliações rigorosas.
Embora até agora tenha sido possível atender todas as necessidades, avançou que por algumas vezes foi necessário recorrer a outros bancos de sangue para suprir a demanda.
“Cada doação salva até três vidas”, lembram as autoridades de saúde, reforçando que a solidariedade da comunidade é essencial para a continuidade deste trabalho.
Estas campanhas são realizadas duas vezes por ano nas seis estruturas sanitárias de Santiago norte, com o objectivo de conseguir garantir um “stock” de sangue no HRSRV, caso surjam situações pontuais em que haja necessidade de ter sangue disponível para responder à situação no momento.
MC/HR
Inforpress/Fim
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