Madrid, 08 Mar (Inforpress) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu hoje um mundo onde as mulheres nunca vivam com medo, no seu discurso comemorativo do Dia Internacional da Mulher.
"Não podemos tolerar um mundo onde as mulheres e as raparigas vivem com medo, onde a sua segurança é um privilégio e não um direito inegociável. Quando as mulheres e as raparigas avançam, todos prosperam", declarou.
Guterres recordou que este ano se assinala o 30.º aniversário da histórica conferência de Pequim, que reafirmou que os direitos das mulheres são direitos humanos.
Desde então, acrescentou, "as mulheres levantaram barreiras, quebraram tetos e remodelaram as nossas sociedades" e "há mais raparigas na escola e mais mulheres em posições de poder", sublinhou o secretário-geral da ONU.
Contudo, apontou os desafios extraordinários que ainda têm de ser resolvidos: "Serão necessários 130 anos", estimou, "para acabar com a pobreza extrema entre as mulheres e raparigas".
Além disso, Guterres denunciou as múltiplas ameaças que ainda pairam sobre as mulheres num mundo onde, "a cada 10 minutos, uma mulher é assassinada pelo seu parceiro ou por um membro da sua família" e "cerca de 612 milhões de mulheres e raparigas vivem sob a ameaça de conflitos armados que sacrificam com demasiada frequência os seus direitos".
"Não podemos ficar parados e ver o progresso ser invertido: temos de reagir", acrescentou Guterres, antes de apelar a todos para que acelerem a mudança e avancem "para cada mulher, para cada rapariga, em todo o lado".
Inforpress/Lusa
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