Calheta, São Miguel, 06 Fev (Inforpress) – O secretário de Estado da Economia Agrária anunciou hoje que o Governo vai lançar, “brevemente”, um novo programa de incentivo à agricultura de abrangência nacional, denominado subvenção de estufas agrícolas.
Miguel Moura falava à imprensa, em Flamengos, São Miguel, no âmbito da visita do Presidente da Republica, José Maria Neves, ao interior de Santiago para visitar barragens e a encontrar-se com agricultores das regiões limítrofes.
O PR pretende com esta visita às barragens de Flamengos e Ribeira Principal, em São Miguel, e de Poilão, em São Lourenço dos Órgãos e Santa Cruz, constatar, no terreno, a situação agrícola na ilha e o seu impacto na segurança alimentar e nas condições de vida em geral das populações, neste contexto de subida dos preços e diminuição do poder de compra, com reflexos, particularmente, nos mais vulneráveis.
“No âmbito da transformação da agricultura temos diversos instrumentos em curso: instrumento de investigação, instrumento de fomento e instrumento de incentivo. Assim como lançamos o programa de subvenção de instalação do sistema de rega gota-a-gota, onde o Estado entra com 50 por cento (%) do financiamento, brevemente o Governo de Cabo Verde vai lançar também um programa de estufas agrícolas”, precisou o governante.
Sem, no entanto, avançar, o montante do referido programa que chamou de “agricultura protegida”, segundo ele, vai permitir que os agricultores produzam mais, ganhem mais e aumentem o seu rendimento.
Neste sentido, o governante convidou os empresários agrícolas a aderirem a este programa que, lembrou, vai permitir a produção em estufas agrícolas e onde vão gastar menos água e nutrientes, entre outros benefícios.
Ainda para a agricultura, lembrou que já foi publicado um outro programa de mobilização de água subterrânea denominado “programa de prospecção e perfuração de água subterrânea”, no valor de cerca de três milhões de contos.
O Estado, segundo adiantou, prevê com este programa fazer furos e ainda dá garantias para que agricultores recorram aos bancos para terem furos privados para que possam ter a própria água.
Fazendo isso, notou, os homens do campo vão ter regularidade no acesso à água e previsibilidade.
Na ocasião, aconselhou mais uma vez os agricultores a fazerem uma agricultura inteligente, ou seja, que usa pouca água, com produtos de ciclo curto e de valor económico alto.
Miguel Moura reforçou que estes instrumentos criados pelo Estado aliviam riscos no sector agrícola e no financiamento e, ainda, visam tirar os agricultores da pobreza.
“Temos uma linha de crédito de 300 mil contos em que cada agricultor pode levantar 10 mil contos, taxa de juro de 4,5 % sobre capital e o agricultor tem 10 anos para pagar. O Estado ainda dá 90% de garantia e especialista para ajudar o agricultor a montar o seu projecto”, acrescentou Miguel Moura.
FM/HF
Inforpress/Fim
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