Cidade da Praia, 14 Out (Inforpress) - O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, reiterou hoje que o Governo quer transformar Cabo Verde numa nação digital, pelo que almeja atingir cerca de 100 por cento (%) de serviços públicos digitais até 2030.
“O digital é importante para reforçarmos a governança, a transparência, a igualdade de oportunidades, unificarmos as ilhas entre si e a nação com a nossa diáspora, com os investidores, com aqueles que procuram Cabo Verde para viver e para investir”, sustentou.
Para o ministro, o digital é igualmente a oportunidade para conectar Cabo Verde com as ilhas e com o mundo. “Esta é a nossa ambição. Ter um país digital, inteligente, mas também um país verde e sustentável”, enfatizou o governante.
Olavo Correia manifestou essa ambição no acto de apresentação do orçamento sectorial com o tema “Nação Digital, Acção Climática e Ambiental", promovida pelo Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, Ministério da Indústria, Comércio e Energia e o Ministério da Agricultura e Ambiente, no âmbito da realização do Ciclo de Conferências sobre o Orçamento de Estado para o ano 2025.
Esta sessão destacou as principais políticas e investimentos previstos, com ênfase na transição digital e no compromisso do país com a sustentabilidade ambiental e climática.
Destacando a importância de uma “boa equipa” para implementação das acções para que os programas e os projectos sejam executados no “tempo certo” e para que os resultados possam chegar à população, Olavo Correia reiterou que para se atingir esta dimensão do ponto de vista do crescimento económico, para criação de empregos qualificados, bem remunerados para os jovens, há que olhar para a transição digital.
O digital, entende a mesma fonte, é um motor que permite acelerar a dinâmica de crescimento económico nacional, olhar não apenas para o Governo, mas também para a própria economia.
Por isso, a visão do Governo é ter uma nação digital ancorada em três pilares fundamentais, isto é, serviços públicos digitais, economia ‘cashless’ (economia sem dinheiro), uma base económica ancorada no digital e ao serviço da diversificação da economia cabo-verdiana, considerou, destacando a relevância da actuação do sector privado no sector do digital a montante e a jusante.
Explica-se que ‘cashless economy’, em tradução literal, significa economia sem dinheiro. Na prática, consiste em um tipo de economia em que as transacções financeiras são feitas com métodos de pagamentos digitais, como cartão de crédito, débito, carteira digital, e outros ao invés do uso de papel moeda físico.
“O digital como um sector, mas também como uma alavanca, um motor, para amplificar as oportunidades que os mais diversos sectores da economia cabo-verdiana possam criar para os jovens e para as mulheres. Temos de colocar o digital ao serviço da aceleração dos mais diversos sectores de produtividade económica, ao serviço da economia azul, da economia verde e do sector financeiro”, sublinhou.
O vice-primeiro-ministro concluiu, acentuando que o Governo quer que todos os cabo-verdianos tenham acesso à água potável canalizada, acesso à energia, a um custo mais baixo, para poderem ter uma vida melhor e produzir com base numa energia e água mais barata.
“Queremos que os serviços públicos sejam digitais para combater a burocracia, para permitir que as pessoas e as empresas, possam usar o seu tempo para criar valor, para produzir e para exportar. Temos de colocar o digital ao serviço da aceleração dos mais diversos sectores de produtividade económica, ao serviço da economia azul, da economia verde e do sector financeiro”, reforçou.
Quanto ao custo da implementação dos projectos e programas nesse sentido, o titular da pasta das Finanças avançou que só no digital, o Governo vai investir à volta de 160 milhões de euros, em relação ao sector de água e saneamento, mais de 100 milhões de euros previstos para serem executados durante 2025 e quanto ao sector da energia, mais de 200 milhões de euros.
SC/ZS
Inforpress/Fim
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