
Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reiterou hoje que a investigação técnica em curso na empresa produtora de energia eléctrica visa esclarecer “tipologias de avarias” e apurar eventuais responsabilidades.
O chefe do Governo, que falava no debate parlamentar sobre a “sustentabilidade energética, perspectivas e desafios para a reconstrução de um Cabo Verde para todos”, tema proposto pelo PAICV, disse que a investigação é para apurar as razões atinentes a situações “anormais” de avarias verificadas na central de Palmarejo (Praia) que abastece a ilha de Santiago em energia eléctrica.
Referindo-se aos deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), Correia e Silva afirmou que, durante o debate, estes parlamentares se limitaram, por um lado, a anunciar “desgraças” para o País e, por outro, “exageraram” na apreciação da realidade do arquipélago.
Acusou os deputados tambarina de, durante o debate, se terem centrado na “estratégia do poder” e sem apresentarem “políticas alternativas”.
Disse ainda que o PAICV levou para o referido debate um conjunto de “ideias avulsas”, tendo ele, o primeiro-ministro, registado duas: Tarifa zero, como slogan, e a questão energética como soberania, “uma grande descoberta”, ironizou.
“O senhor deputado, que fez o encerramento [do debate em nome da bancada do PAICV], anunciou prejuízos de mais de 10 milhões de contos em 2024, quando nesse ano quase não se verificaram situações de ocorrência de cortes e avarias”, estranhou o chefe do Governo.
Para o primeiro-ministro, o deputado da oposição “inventou” os tais números de milhões para, mais uma vez, criar a sensação de “caos e catástrofe”.
“Este é o tipo de partido que não consegue navegar em mares calmos e, por isso cria turbulência para desviar as pessoas daquilo que são as suas reais intenções”, comentou Correia e Silva, que acusa o PAICV de apelar ao povo para se manifestar nas ruas contra a problemática da energia eléctrica vivida nos últimos tempos na ilha de Santiago, com particular impacto na cidade da Praia.
LC/HF
Inforpress/Fim
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