Governo destaca avanços no abastecimento de água na ilha de Santiago

Cidade da Praia, 13 Fev (Inforpress) –  O ministro da Agricultura e Ambiente reconheceu hoje que a ilha de Santiago ainda enfrenta desafios no acesso à água canalizada, mas destacou que os investimentos dos últimos anos “reduziram os custos” e “melhoraram o abastecimento” às populações.

“A ilha que neste momento tem muito mais desafios é a Santiago, por ser a ilha maior, nós temos 56% de população na Ilha de Santiago, nove municípios e temos várias zonas com dificuldades de acesso”, apontou Gilberto Silva.

O governante falava à imprensa à margem da IV reunião do Comité de Pilotagem do Programa Água e Saneamento que decorre no quadro do Programa Indicativo de Cooperação “Desenvolvimento – Clima- Energia” Cabo Verde – Luxemburgo (2021-2025).

A título de exemplo, indicou, em São Salvador do Mundo, um dos concelhos mais desafiante no acesso à água canalizada, o número de habitantes com acesso triplicou, passando de cerca de 20% da população para uma cobertura muito mais abrangente.

Gilberto Silva sublinhou que este avanço é resultado de investimentos estratégicos nas redes de distribuição e nas estações de bombagem, além da implementação de sistemas de produção de energia fotovoltaica que permitiram reduzir os custos e garantir o fornecimento contínuo de água, mesmo em zonas de difícil acesso.

O ministro destacou também os progressos alcançados nas ilhas do Fogo e Santo Antão, onde a implementação de tecnologias de energias renováveis tem contribuído significativamente para diminuir os custos operacionais, permitindo levar água a zonas antes sem acesso.

Explicou que, em 2016, o rácio era de cerca de 43 litros por pessoa por dia, e actualmente já ultrapassa os 74 litros, e para 2026, a meta é alcançar 90 litros por pessoa por dia, e o Governo está confiante de que conseguirá atingir esse objectivo.

 “Se não fosse o consumo nos hotéis, estaríamos neste momento com um valor muito superior, ou seja, há ilhas em que nós atingimos e ultrapassamos os tais 90 litros de água por dia, mas é fundamental que isto seja, portanto, cumprido a nível de todos os municípios para que nós possamos garantir a média nacional”, referiu.

Além disso, foram registadas “melhorias substanciais” na governança do sector da água e na sua sustentabilidade, o que é crucial para garantir que os resultados obtidos sejam duradouros ao longo do tempo, finalizou.

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