Governo classifica ano agrícola de “menos bom” mas realça melhorias na produção de milho e feijões

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Governo classifica ano agrícola de “menos bom” mas realça melhorias na produção de milho e feijões
27/10/25 - 01:34 pm

Cidade da Praia, 27 Out (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, considerou hoje que o ano agrícola em Cabo Verde está a ser “menos bom”, com resultados diferenciados entre concelhos, realçando progressos na produção de milho e feijões, e de pasto.

Durante uma conferência de imprensa sobre o novo ano agrícola, na cidade da Praia, o governante revelou que arrancou hoje a missão do Comité Inter-Estados de Luta Contra Seca no Sahel (CILSS) que, em conjunto com técnicos nacionais, fará a avaliação objectiva da campanha agrícola de sequeiro, seguindo critérios regionais.

Segundo Gilberto Silva, por enquanto “ainda é cedo para falar em mau ano agrícola”, uma vez que a avaliação oficial só será concluída após o trabalho de campo e a análise técnica final. 

“Com base nos dados disponíveis, estamos perante um ano menos bom, como é óbvio, na medida em que nós temos uma situação muito diferenciada. Há sítios em que temos, claramente, uma boa produção de milho e feijões desta época”, explicou, asseverando que em outros sítios “praticamente não houve colheita de grãos”.

Apesar da irregularidade das chuvas, o ministro salientou que a produção de pasto “está bem melhor este ano”, inclusive em concelhos tradicionalmente mais críticos como Porto Novo, em Santo Antão. 

Também a recarga dos lençóis freáticos e aquíferos foi considerada positiva em várias regiões, ainda que “não em todo o território”.

Gilberto Silva sublinhou que o Governo pretende ultrapassar a abordagem pontual de mitigação de más campanhas, apostando numa estratégia de longo prazo, com a conclusão do processo de aprovação de um programa climático e ambiental, que inclui medidas de resiliência e adaptação às mudanças climáticas, permitindo respostas contínuas e integradas.

Entre as ações previstas, o ministro destacou a promoção do emprego público em obras de conservação de solos e água, mobilização e melhor gestão dos recursos hídricos, apoio ao pastoreio e à gestão de zonas de pastagem, além de iniciativas de florestação e proteção ambiental.

“Em vez de estarmos a desenhar programas de mitigação sempre pontualmente, termos um programa que responde às nossas necessidades, torna-nos mais resilientes porque nós já sabemos o clima que temos”, pontuou.

O ministro avançou que o ano de 2025 foi o que registou menos pragas, e que esta informação também conta para a avaliação. 

LT/AA

Inforpress/Fim

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