Cidade da Praia, 20 Mai (Inforpress) – O Festival da Gamboa registou recordes de vendas, trazendo “grande satisfação” aos comerciantes que, no entanto, reclamaram do encerramento das barracas pela polícia antes do término do certame.
Este episódio, segundo as fontes da Inforpress, causou frustração entre os vendedores que esperavam aproveitar o fluxo de público até o final do evento.
Nina Fernandes, que expressou sua insatisfação com a ação policial, afirmou, por outro lado, que este foi o “melhor ano” em termos de venda.
“Sabemos que cada ano é um ano, mas espero que no próximo possamos superar este, e estou feliz mesmo com as vendas”, ressaltou, reforçando que vendeu acima do habitual.
Quem também demonstrou igual indignação foi Kleini Silva, alegando que por volta das 9:00 as barracas estavam sendo encerradas quando o festival estendia até passadas as 11:00.
“As vendas correram muito bem, por acaso a nossa única reclamação foi que a polícia encerrou as barracas com shows ainda a acontecer. Pessoas ainda a curtir fomos obrigados a fechar as barracas pela polícia”, relatou Kleini Silva.
Sandy Borges também compartilhou sua frustração, destacando que, embora as vendas tenham sido “ótimas”, o encerramento antecipado das barracas prejudicou os comerciantes que devem pagar 10 mil escudos mais a eletricidade para venderem na Gamboa.
"Os policiais vieram encerrar as barracas com o festival a decorrer ainda, numa maior falta de respeito e empatia. Não tinham porquê fazerem isso, sendo que pagamos as barracas e devemos aproveitar até ainda haver público a consumir," afirmou Sandy Borges.
Apesar desses contratempos, ela elogiou a segurança no evento, que contribuiu para um ambiente tranquilo e seguro.
Em reação, o presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, disse acreditar que o encerramento das barracas foi uma medida tomada em prol da segurança pública.
"Há coisas que temos que verificar depois, mas a polícia tem uma lógica de atuação. Tenho certeza de que os policiais não atuaram à toa. Existe uma relação direta entre um determinado tempo de convívio e o aumento da situação de insegurança. E o trabalho da polícia é científico, portanto, chega um momento em que, para questões de segurança e estabilidade, a polícia toma um determinado tipo de intervenção”, explicou o edil.
No primeiro dia actuaram Cordas do Sol, DjeDje, Loreta, Kino Cabral, C.S. Fi, Irina Barros, MC Acondize, Julinho KSD, Du Martaz, Vado Mas ki Ás, PCC e Boy Game. No segundo dia, os Tubarões, David Brazão, Neyna, Apollo G, Deejay Telio, Nelson Freitas, Elji Beatzkilla, Tó Semedo, Zé Espanhol, Titio e Kamoka, Heavy H e Gardena Benrós.
No terceiro dia, estavam previstas 13 artistas, mas actuaram apenas Vhabulla, Tabanka Jazz, Ste Mandela, Ga da Lomba, Jonathan, Eddu, Zé Delgado Mica Kutubleda fechou palco com uma música, e ficaram por actuar Chando Graciosa, Lejemea, Herdeiros de Codé di Dona, Paulinha e Cjey Patronato.
TC/AA
Inforpress/Fim
Partilhar