São Filipe, 19 Jun (Inforpress) - A selecção de futebol da ilha do Fogo está na fase final da sua preparação para “representar condignamente a ilha” na Taça Independência 2025, também conhecida como torneio inter-ilhas, segundo a equipa técnica.
Sob comando do treinador principal João Brito, mais conhecido como Djony Maia, 18 dos 21 convocados, realiza hoje o último treino antes da viagem para a ilha do Sal, agendada para sexta-feira, 20.
Com 21 atletas definidos para a competição, inicialmente seriam 20, mas uma passagem aérea adicional permitiu a inclusão de mais um jogador.
O técnico realçou a importância dessa adição, porque, explicou, os jogos serão dia sim, dia não, e há sempre o risco de problemas físicos, pelo que, quanto mais jogadores disponíveis, melhor para a rotação e desempenho.
O treinador principal mostra-se confiante na capacidade e qualidade da selecção e destacou a tradição de bons resultados da ilha.
A estreia será frente à selecção de São Vicente, reconhecida como uma das potências do futebol cabo-verdiano.
Contudo, o técnico acredita que o grupo pode competir de igual para igual.
“Respeitamos todos os adversários, mas vamos com humildade e o objectivo é vencer cada jogo", afirmou o treinador principal que adiantou que a selecção treinou cerca de duas horas diárias e o grupo mostrou “evolução física considerável”.
Segundo o mesmo, no início os jogadores não estavam num bom nível físico, mas após duas a três semanas nota-se “uma grande diferença”, e estão preparados para o desafio do inter-ilhas.
João Brito reconheceu que para a primeira partida a equipa parte com três baixas devido a ausência dos jogadores do Boavista da Praia, mas assegura que a selecção apresenta soluções à altura.
Destacou que “são ausências sentidas”, mas dispõe de jogadores com qualidade para manter o nível.
O técnico abordou a questão da logística e críticas à convocatória e observou que este ano a selecção conta com dois pares de equipamentos garantidos, o que representa uma melhoria em relação a anos anteriores.
Em relação a ausências, como a do guarda-redes Mauro, explicou que este pediu dispensa para participar numa formação profissional na cidade da Praia, o que foi prontamente compreendido.
Quanto a Sotá, foi dispensado por lesão, enquanto alguns outros abandonaram sem justificativa.
“Críticas sempre vão existir, mas estamos confiantes no grupo. Temos uma equipa forte, unida e com todos os sectores bem preenchidos para fazer uma representação digna da ilha do Fogo" concluiu o treinador.
O presidente da Associação Regional de Futebol do Fogo (ARFF), João Domingos, disse que a associação continua a mobilizar recursos para deslocação da selecção e criação de condições para representar “com orgulho e dignidade” a ilha.
Até este momento a ARFF contou com apoio financeiro das câmaras de São Filipe, em 100 mil escudos, e dos Mosteiros em 50 mil, assim com pouco mais de 100 mil escudos mobilizados pela comunidade emigrada nos Estados Unidos da América.
O valor arrecadado é insuficiente já que só para a deslocação entre São Filipe/Sal/São Filipe, são necessários mais de 600 mil escudos.
Contudo, o presidente da ARFF sublinhou que o núcleo nos Estados Unidos da América está a angariar mais meios financeiros e espera que nos próximos dias possam ser mobilizados mais de 200 mil escudos.
João Domingos disse que a selecção tem garantido dois equipamentos e que um terceiro deve chegar antes da partida da caravana para a ilha Sal juntamente com outros materiais desportivos.
JR/AA
Inforpress/Fim
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