Funcionário reformado da Assembleia Nacional volta a entrar em greve de fome em protesto por atraso salarial

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Funcionário reformado da Assembleia Nacional volta a entrar em greve de fome em protesto por atraso salarial
02/07/25 - 01:49 pm

Cidade da Praia, 02 Jul (Inforpress) – O funcionário reformado da Assembleia Nacional Adelino Moreira iniciou hoje mais uma greve de fome, à frente da rotunda que dá acesso à zona de Achada Santo António, na Praia, como forma de protesto pelo atraso salarial.

Adelino Moreira, que vive na zona de Calabaceira, já havia adoptado esta medida há cerca de dois anos, onde teve graves problemas de saúde, não obstante ter conseguido chamar a atenção das autoridades e resolvido o problema inicialmente.

Em declarações à Inforpress, contou que na altura a situação começou a entrar na normalidade, mas que depois foi levantado um processo disciplinar na sequência da realização da primeira greve onde o mesmo reivindicava melhores condições laborais.

O processo disciplinar veio originar na sua reforma compulsiva, (reforma forçada de um funcionário público), e publicado no Boletim Oficial, segundo Adelino Moreira no dia 19 de Março de 2024, mas desde então está sem receber enquanto funcionário reformado.

Este é o motivo que o levou a adoptar uma medida considerada drástica para a saúde de um ser humano porque, a seu ver, “ficar mais de um ano sem receber é muito mais grave do que passar fome”.

Disse não confiar mais nas instituições que têm ligação com o seu processo e onde tem pedido esclarecimentos e reclamado do atraso salarial e acredita que a greve vai chamar a atenção das autoridades para a resolução do problema.

Adelino Moreira revelou estar consciente das consequências desta medida e dos problemas que a greve de fome e de ficar sem beber acarretam para saúde, afirmando que vai enfrentar estas consequências em busca dos seus direitos.

“Tenho o direito de receber pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e isso não está a acontecer há mais de um ano, considero que é uma situação muito mais grave do que passar fome”, apontou esta mesma fonte.  

Pelas informações conseguidas, mencionou que o seu processo está no INPS e está a aguardar que o mesmo seja despachado, acreditando que não poderia durar por tanto tempo.

Disse que pretende ficar na rotunda até que o problema se resolva e sem consumir líquido e comida.

A Inforpress contactou o INPS, por telefone, para esclarecer a situação mas não obteve resposta, pelo que voltará ao assunto assim que obtiver os esclarecimentos acerca do assunto.

Uma greve de fome é a recusa voluntária de alimentação, geralmente como forma de protesto, onde o indivíduo busca sensibilizar a opinião pública e pressionar por mudanças ou justiça. 

A duração e os efeitos de uma greve de fome podem variar, mas a fraqueza pode levar à morte após um período prolongado.

OS/HF

Inforpress/Fim

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