Cidade da Praia, 08 Abr (Inforpress) – O director geral da FAO considerou hoje que África detém a chave para avançar em direcção a um mundo livre da fome e pobreza, tendo exortado as nações africanas a aproveitarem a dinâmica da transformação dos sistemas agro-alimentares.
Esta observação foi feita por QU Dongyu no seu artigo de opinião intitulado “Libertar o potencial de África através da transformação dos sistemas agro-alimentares e do reforço das capacidades”.
O artigo foi feito pensando na 33ª sessão da Conferência Ministerial Regional da FAO para a África (ARC33), que acontece de 18 a 20 deste mês, em Marrocos, e que junta ministros da Agricultura de toda a África, tendo o mesmo considerado ser este um “momento crucial” para uma acção colectiva.
Segundo afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) a África detém a chave para avançar em direção a um mundo livre da fome e da pobreza.
“É em África que se podem obter enormes ganhos e a transformação dos sistemas agro-alimentares é a base definitiva para que o continente alcance o desenvolvimento sustentável e a modernização” alertou.
Neste sentido exortou as nações africanas a aproveitarem a dinâmica da transformação dos sistemas agro-alimentares para obterem benefícios a nível da segurança alimentar e da nutrição, da economia e da igualdade, do ambiente e da resiliência.
“Na FAO delineamos a nossa visão estratégica para os próximos anos através do Quadro Estratégico da FAO 2022-2031, que se centra nos quatro melhores: melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás”, salientou.
Isto, tendo em conta os compromissos assumidos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da agenda pós-Malabo.
“Mais de mil milhões de africanos não podem ter uma dieta saudável, o que é simplesmente inaceitável. Ao encorajar uma melhor nutrição, a FAO está a trabalhar com os países e outros parceiros para tornar as dietas saudáveis, económicas e acessíveis a todos”, sublinhou.
Realçou que acções como as realizadas no âmbito da Grande Muralha Verde e da Iniciativa Cidades Verdes da FAO estão a ajudar a recuperar terras degradadas, a promover uma utilização sustentável dos solos, a adaptar-se à crise climática e a apoiar sistemas alimentares urbanos sustentáveis.
Na sua visão a África é um continente de enormes oportunidades que domina a lista das 20 economias de crescimento mais rápido do mundo e a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) e um continente rico em recursos naturais que promete impulsionar o comércio intra-africano e estimular ainda mais o crescimento económico.
Entretanto, lamentou que conflitos constituem importantes obstáculos ao progresso para quem a paz e a estabilidade são essenciais para o desenvolvimento sustentável, de modo que, assegurou, a FAO está empenhada em apoiar os esforços com vista a reduzi-los.
ET/AA
Inforpress/Fim
Partilhar