
Cidade da Praia, 16 Dez (Inforpress) – O primeiro-ministro classificou hoje de importante o debate sobre a empregabilidade das pessoas com deficiência visual, apesar de reconhecer o déficit de inclusão na criação de igualdade de oportunidades.
Ulisses Correia e Silva fez essas considerações na cerimónia de abertura do fórum nacional sobre a Empregabilidade das Pessoas com Deficiência Visual em Cabo Verde, que teve lugar na sala de conferências do Palácio do Governo.
“Temos uma realidade económica e social que ainda tem déficit de inclusão de criação de igualdade e oportunidades. Isso se verifica também em determinadas categorias de segmentos da sociedade”, disse.
Baseando-se no emprego, o governante cabo-verdiano sublinhou que a empregabilidade e o emprego são fundamentais para a qualidade de vida das pessoas, justificando que quando há trabalho no sentido da ocupação de fazer coisas úteis e produtivas, há rendimentos, valorização social e desenvolvimento profissional.
“Há necessidade de se fazer a avaliação das medidas e dos instrumentos que existem, dos que podem ser e devem ser criados, para tornar muito mais eficazes esses instrumentos relativamente aos objetivos pretendidos que é criar maiores oportunidades de emprego e emprego nas condições de remuneração e de integração iguais àqueles que são disponibilizados para qualquer cidadão cabo-verdiano”, precisou.
Nesta matéria considerou importante trabalhar-se com o conceito do ecossistema, visto que existem várias medidas de política, vários instrumentos que, de forma solta, desintegrada e sem ligação, podem produzir determinados impactos.
Para o primeiro-ministro, a questão das quotas, em debate, a remoção de barreiras físicas e integração inclusiva, incluindo instrumentos de trabalho adaptados, a responsabilidade social das empresas, se forem trabalhadas de forma estruturada e articulada ter-se-á acesso ao emprego desde que o quadro seja estruturado com instrumentos e medidas eficazes, orientados para a empregabilidade e o emprego.
“Há várias práticas e boas experiências em várias partes do mundo que podem nos ajudar também a ter até luzes para podermos melhorar o nosso sistema”, referiu Correia e Silva.
Depois, elaborar esse ecossistema, continuou, de preferência com instrumentos de força de lei, porque dá obrigatoriedade na sua aplicação, compromete o Estado e as empresas.
E porque o Governo quer reduzir o nível de desemprego a nível global, a nível de pessoas com deficiência, mas ao mesmo tempo aumentar o nível de rendimento, Ulisses Correia e Silva disse estar a acompanhar os resultados que ajudarão no salto que se quer relativamente à questão da empregabilidade.
O fórum visa apresentar um diagnóstico actualizado sobre a empregabilidade das pessoas com deficiência visual, avaliar o grau de cumprimento da Lei de Cotas, propor um mecanismo nacional de avaliação e monitoramento, lançar um Pacto Nacional pela Inclusão Laboral da Pessoa com Deficiência e estimular boas práticas de acessibilidade e inclusão no setor empresarial cabo-verdiano.
PC/AA
Inforpress/Fim
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