São Filipe, 12 Fev (Inforpress) – A requalificação da Estância Balnear de Salinas, orçado em mais de 100 mil contos, será executado de forma faseada, iniciando-se com a reabilitação e ampliação do cemitério de Marcela, disse o presidente da câmara municipal, Nuías Silvas.
O projecto, segundo o mesmo, é “ambicioso” e vai ser executado faseadamente, primeiro com a reabilitação e ampliação do cemitério de Marcela, depois a requalificação da estrada e a sua asfaltagem, a construção do novo arrastadouro e depois toda a requalificação da zona para que, dentro de dois anos, Salinas possa estar completamente requalificado.
Nuías Silva disse que o projecto de requalificação de Salinas foi encaminhado para o Governo que co-financiou a sua implementação no quadro do Plano Operacional para o Turismo (POT), sublinhando que vai ser executado a partir da próxima semana com a reabilitação e ampliação do cemitério de Marcela.
“O concurso foi ganho pela empresa Adimar e deverá começar as obras nos próximos dias na zona de parqueamento das viaturas, reabilitação da parte histórica do cemitério que vai entrar no plano de turismo cultural e religioso de São Filipe”, disse Nuías Silva, sublinhando que a edilidade está a trabalhar com o Governo, nomeadamente com os Ministérios do Mar e das Infra-estruturas e com o Fundo do Turismo a questão do arrastadouro que representa um perigo.
Esta infra-estrutura chegou a ser construída, mas durou menos de um mês devido à acção do mar que a destruiu devido a erros cometidos pela equipa camarária anterior sem que fossem assacadas quaisquer responsabilidades políticas, referiu Nuías Silva.
O cemitério de Marcela encontra-se em estado avançado de degradação e carece de intervenção urgente, defendem moradores da zona norte do município.
A intervenção tem como base a reorganização deste cemitério municipal através da construção de arruamentos e alinhamentos dos covatos e disciplinar a construção dos mausoléus, melhorar as condições do cemitério dando melhor conforto aos familiares dos falecidos em actos fúnebres.
A câmara municipal justifica a intervenção nesta infra-estrutura com a necessidade de o cemitério ter “condição física” de modo a evitar que mais covatos desapareçam do local por causa do desmoronamento do muro junto ao mar.
O cemitério de Marcela tem um valor patrimonial e histórico que é fundamental preservar, por ser muito visitado pelos turistas que se deslocam à Estância Balnear de Salinas, situada a escassos metros, a norte do cemitério, mas também porque os familiares das pessoas que repousam neste “espaço sagrado” defendem a necessidade de resgatar a imagem e dignidade deste património com quase 150 anos de existência.
JR/HF
Inforpress/Fim
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