Fogo: MpD reconhece "desafios nos transportes", mas rejeita críticas da oposição

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Fogo: MpD reconhece "desafios nos transportes", mas rejeita críticas da oposição
17/07/25 - 01:06 pm

São Filipe, 17 Jul (Inforpress) – O deputado do Movimento para a Democracia (MpD) e presidente da Comissão Política Regional, Filipe Santos, reconheceu hoje que o sector dos transportes no Fogo, tanto aéreos quanto marítimos, ainda enfrenta desafios, apesar dos "progressos significativos" alcançados. 

A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa, em resposta às acusações de "retrocesso" no sector feitas por deputados do PAICV pelo círculo eleitoral do Fogo, considerando "inaceitável" a tentativa de transformar esses desafios em "ataques populistas".

“Desde Novembro de 2024, a ilha do Fogo passou a beneficiar de, em média, de dois voos diários”, disse Filipe Santos sublinhando que com a aquisição de dois novos ATR as ligações serão reforçadas.

O deputado ressaltou que o aeródromo de São Filipe, foi modernizado com novas áreas de embarque e desembarque, zonas VIP, serviços e restauração e a iluminação da pista já é uma realidade, o que, segundo ele, aumentará a segurança nas operações noturnas e possibilitará "evacuações médicas urgentes", além de melhorar a conectividade da ilha com o restante do território nacional.

"Surpreende-nos que haja quem desvalorize este avanço. A mobilidade aérea das populações e a segurança operacional não podem ser menosprezadas nem usadas como arma de retórica política. Quem assim age revela falta de sentido de Estado", criticou Filipe Santos.

No capítulo do transporte marítimo, disse que o Governo está a reestruturar o modelo de concessão das linhas interilhas e que já lançou concursos para a construção de dois novos navios, mas que até à sua entrega, as ligações marítimas serão asseguradas através do aluguer de embarcações em regime de “charter”.

Quanto à transferência de doentes para outros hospitais, Filipe Santos rejeitou o que classificou como “narrativa falaciosa da oposição” porque a maioria das “evacuações urgentes” é realizada por via aérea, com todas as condições clínicas necessárias.

Segundo o deputado, quando o encaminhamento de doentes é feito por via marítima, são garantidas ambulâncias devidamente equipadas, climatizadas, acompanhadas por profissionais de saúde e com meios para prestação de cuidados durante a viagem.

“Transformar este serviço responsável e humanizado num espectáculo político é um desrespeito para com os profissionais de saúde e para com as próprias vítimas”, lamentou Filipe Santos, que questionou a oposição se o transporte de doentes das ilhas sem aeroporto, como Brava e Santo Antão, constitui uma “indignidade”.

JR/CP

Inforpress/Fim

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