São Filipe, 26 Jun (Inforpress) – O Centro de Recursos Integrados da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), da Região Fogo/Brava, continua a apostar na formação superior com a manutenção do curso de licenciatura em Engenharia Agronómica para o próximo ano lectivo.
A oferta, segundo o coordenador do centro, Francisco Silva, inclui 30 vagas e 30 bolsas de estudo e com acesso gratuito à formação para os jovens que concluíram o 12.º ano e que optarem pela licenciatura em Engenharia Agronómica.
A oferta mantém-se como prioridade, apesar dos desafios enfrentados já que o centro abriu as inscrições anteriormente, mas apenas cinco candidatos se inscreveram, o que inviabilizou a abertura do curso que, segundo o coordenador, é um curso que exige muitos recursos e só poderá ser iniciado com um número mínimo de alunos que se justifica.
A Uni-CV não exige provas de acesso para o curso de Agronomia e para candidatar-se, explicou Francisco Silva, basta apresentar o histórico escolar e ser oriundo da área de Ciências e Tecnologias (CT).
A divulgação do curso foi socializada no passado mês de Março, durante a feira das profissões realizada em Ponta Verde, no município de São Filipe, mas novas campanhas serão intensificadas após o período de exames escolares, disse o coordenador do centro.
“Neste momento, os alunos do 12.º ano estão no período de conclusão e têm outras preocupações com os exames, mas logo a seguir vamos massificar a divulgação para que mais jovens se inscrevam neste curso”, acrescentou.
Com relação a possível abertura do curso superior na área de vitivicultura, Francisco Silva disse que está em fase final de credenciação e que a sua implementação depende de um estudo de mercado e da confirmação da procura por parte dos jovens.
“A demanda já foi levantada pelas câmaras municipais. Assim que tivermos as informações necessárias, tomaremos a decisão certa e divulgaremos em tempo oportuno”, garantiu o coordenador do Centro de Recursos Integrados da Uni-CV.
O coordenador também destacou que o centro está prestes a concluir o processo para obter a certificação definitiva pela Agência Reguladora do Ensino Superior (ARES), já que actualmente opera com uma acreditação condicional.
Segundo o mesmo, está-se a finalizar as acções necessárias para solicitar a certificação definitiva e garantir o funcionamento regular e estável do centro.
Apesar dos desafios com o número de alunos e da baixa procura inicial, Francisco Silva considera o balanço positivo.
“Estamos abaixo das expectativas em termos de movimentação, mas já sentimos uma maior confiança por parte dos estudantes que temos. E acreditamos que, com estabilidade, vamos crescer”, concluiu.
JR/CP
Inforpress/Fim
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