Cidade da Praia, 27 Ago (Inforpress) – O presidente da ACACV, Júlio Silvão Tavares, afirmou hoje, na Praia, que através do Festival Internacional de Filmes para Acção Climática do Atlântico (FIAC), pretende-se mobilizar todas as classes sociais em prol do meio ambiente.
Em preparação para o FIAC, que acontecerá de 01 a 09 de Novembro, diversas classes sociais estão sendo mobilizadas para participar activamente na luta pela preservação ambiental.
A iniciativa teve início hoje com um diálogo sobre educação ambiental com os ‘rabidantes’ (vendedoras ambulantes), na cidade da Praia.
A conversa com os ‘rabidantes’, realizada em parceria com a Câmara Municipal da Praia, visa, segundo o presidente da Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV), envolver esses profissionais que desempenham um papel crucial devido ao seu contacto diário com centenas de pessoas durante as suas actividades comerciais.
Esta iniciativa, acrescentou, visa ainda transformar cada ‘rabidante’ em um "transportador de mensagens" em prol do ambiente, sensibilizando a população para a importância da utilização racional da água e da energia.
"Se cada um fizer a sua parte, todos nós saímos ganhando", destacou Júlio Silvão Tavares, enfatizando o impacto positivo que essa conscientização pode gerar na comunidade.
Por seu lado, Vânia Andrade, técnica de recolha da Câmara Municipal da Praia, ressaltou o papel essencial da autarquia na gestão de resíduos sólidos produzidos pela população.
A mesma apontou que nem tudo o que é descartado nos contentores é realmente lixo, e que muitos objectos podem ser reutilizados.
"As rabidantes são as maiores produtoras de lixo na cidade, especialmente no final da tarde, quando encerram suas actividades. Queremos mostrar-lhes que o que consideram lixo pode ser reaproveitado", afirmou Vânia Andrade.
Por sua vez, Gustavo Duarte, mestre artesão e formador, complementou a importância da conscientização ambiental entre os artesãos e ‘rabidantes’.
O formador, que abordou o tema do aproveitamento de resíduos sólidos, enfatizou como as caixas de frutas, muitas vezes descartadas, podem ser transformadas em uma infinidade de produtos recicláveis.
"A nossa preocupação é com a acção climática e o ambiente, pois são dos maiores desafios que enfrentamos. Precisamos também sensibilizar todos os artesãos a adotarem uma consciência ambiental e a explorarem sua criatividade para sustentar-se através do artesanato", apelou.
TC/CP
Inforpress/Fim
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