Cidade da Praia, 01 Fev (Inforpress) - A representante da FAO em Cabo Verde enalteceu hoje a congregação de esforços e coordenação governamental ao mais alto nível, junto do Sistema das Nações Unidas, a FAO e a UNIDO, envolvidas no Fundo Verde para o clima.
Ana Touza tornou público esta manifestação, durante a abertura do Comité de Pilotagem Conjunto dos Projectos de Preparação (Readiness), financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF) e o projecto “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em setores-chave da Economia Azul”.
O projecto, sustentou, reforça a capacidade de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas nos sectores-chave da economia azul, asseverando que a FAO pretende apoiar o Governo na integração plena da questão climática na economia azul e na implementação da prioridade definida na contribuição nacional determinada em 2017 no programa de acção nacional de adaptação.
Ana Touza sublinhou que o projecto é uma das respostas à vulnerabilidade do país face aos desafios da mudança climática e que esta visão está completamente ligada à agenda nacional do desenvolvimento de sectores estratégicos para o desenvolvimento económico do país, como sejam o turismo, a pesca, a agricultura e a energia.
Está projectado para criar capacidades nos principais sectores da economia azul através do reforço do conhecimento e compreensão sobre os impactos da mudança climática na economia azul, de forma a contribuir para a construção de um ambiente favorável.
Considerando que a economia cabo-verdiana é oceânica, e que o sector do turismo é responsável directamente por mais de 20% (por cento) do PIB e contribui directamente com cerca de 45 % em mais de nove mil emprego, Ana Touza referiu que a economia do país depende do meio ambiente para a subsistência da sua população.
“Cabo Verde é altamente vulnerável às alterações climáticas. O país já está altamente marcado por desastre naturais, incluindo secas, tempestades extremas, subidas do nível do mar e erupção vulcânica”, realçou, considerando que “a mitigação climática, a estratégia de adaptação e da capacidade financeira de Cabo Verde permanecem limitadas”, explicitou.
Para o director nacional do Planeamento, Gilson Pina, trata-se de dois grandes projectos, embora sendo de preparação de programas relacionados com a economia azul, sustentabilidade do turismo e clima, duas áreas que o mesmo define como sendo completamente diferentes, mas que mostra a importância do clima no sistema de planeamento e planificação no país.
Gilson Pina revelou que este ano Cabo Verde vai finalizar a criação do Fundo Climático e Ambiental, o que significa investir no clima, isto é, segundo disse, priorizar áreas estratégicas que o Governo quer investir.
A estratégia enfatiza uma abordagem programática para promover o turismo circular e sustentável no quadro estratégico de Cabo Verde.
Ambos são financiados pelo Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês) sob a liderança da Autoridade Nacional Designada (AND) e enquadram-se na estratégia de implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável 2022-2026 (PEDS II) e da Contribuição Nacional Determinada (CND).
SR/CP
Inforpress/Fim
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